São Paulo, quinta-feira, 20 de outubro de 2011

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Livro da Coleção Folha traz obras de arquiteto francês

Obras de Jean Nouvel, arquiteto vencedor do Pritzker, compõem oitavo livro da série

DE SÃO PAULO

Chega às bancas no domingo (23) o oitavo livro da Coleção Folha Grandes Arquitetos ,sobre a obra do francês Jean Nouvel, 66. Vencedor do Pritzker -prêmio considerado o Nobel da arquitetura- em 2008, formado pela École des Beaux-Arts de Paris (França) e membro fundador do movimento de arquitetos Mars 1976 e do Syndicat de l'Architecture, seus projetos fogem dos lugares comuns.
A cobertura tecnológica do Teatro da Ópera de Lyon (1986-1993) -referência na arquitetura contemporânea-, por exemplo, remete a uma linhagem arquitetônica que vai do renascimento, com os palácios hoje em ruínas da região de Vicenza, até os arcos metálicos neoclássicos do Palácio de Cristal, de Joseph Paxton (1803-1865).
A torre Agbar (1999-2005), em Barcelona (Espanha), com 142 metros de altura, evoca uma massa de água suave e contínua, mas também vibrante e transparente de diferentes profundidades.
Outra obra famosa e não convencional é a sequência de diafragmas que recobre a fachada do Instituto do Mundo Árabe (1981-1987). O exterior do edifício em Paris (França) recorda um tapete persa, gerando, de acordo com a abertura das peças que regulam a entrada do sol, uma sucessão de figuras que vão do quadrado ao círculo e até à estrela de Davi. Também são de autoria do francês os projetos da nova sede do MoMa (Museu de Arte Moderna de Nova York), nos EUA, e da filial do Louvre em Abu Dhabi (Emirados Árabes).
Uma das inovações dos projetos de Jean Nouvel, do ponto de vista técnico, consiste na exploração do uso de materiais vegetais, como plantas que podem crescer na ausência de terra, enraizando-se em feltros especiais e umidificados. Assim, as janelas aparecem como molduras de quadros, rodeadas de material vegetal, que se modifica com o passar do tempo, conferindo à arquitetura uma singular inclusão no mundo dos homens.
No Museu do Quai Branly (1999-2006), em Paris, por exemplo, a natureza se faz presente em símbolos da floresta e do rio. Para chegar a esse resultado, Nouvel usou técnicas avançadas: os vidros são amplos, claros, às vezes impressos com imensas fotografias; os pilares estão dispostos de modo aleatório e as suas dimensões remetem a árvores ou totens; nos brises-soleil (quebra-sóis) em madeira entalhada ou pintada estão instaladas células fotovoltaicas.
Na Fundação Cartier (1991-1994), também em Paris, as árvores do terreno ficam visíveis atrás da alta barreira envidraçada de oito metros de altura que tomou o lugar do muro opaco originalmente construído. Cada livro avulso da coleção, com 80 páginas, custa R$ 16,90; a coleção completa, R$ 287,30. Assinantes Folha, Edição Digital e UOL têm descontos nos lotes.


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