São Paulo, sábado, 21 de fevereiro de 2009

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Edição de fotos e ensaios avalia obra de Monteiro

DA REPORTAGEM LOCAL

Quando dividiam o ateliê, a casa número 7 de uma vila em Pinheiros, Rodrigo Andrade se espantava com a rapidez de Paulo Monteiro. "Ele tinha um fluxo de criação vertiginoso", lembra Andrade, 47. "Enquanto eu ficava em crise, ele fazia um painel atrás do outro."
Mais de 20 anos depois da Casa 7, coletivo que carimbou para sempre aquele grupo de jovens pintores, Andrade cuidou da parte gráfica do livro que mostra toda essa hiperatividade ("Paulo Monteiro", ed. Cosac Naify; R$ 70; 216 págs.).
Tomando por base a retrospectiva dedicada ao artista em cartaz na Estação Pinacoteca, o volume reúne as grandes telas carregadas de gesto e tinta do início de carreira, seus desenhos mais vazios do que cheios e as esculturas, que parecem ter herdado os gestos antes reservados aos quadros que pintava.
É aí que críticos e o próprio artista reconhecem sua maturidade. "Naquele momento, eu já tinha me formado em tudo", conta Monteiro, 47. Nas páginas do livro, ensaios de Alberto Tassinari, Paulo Venancio Filho e Taisa Palhares também comparam suas massas amorfas de chumbo a Rodin e Giacometti e suas linhas tênues às monotipias de Mira Schendel, suas grandes ausências. (SM)


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