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FILMES
TV ABERTA
Atuação de Connery é o essencial em "Lancelot"
Coração de Dragão
Globo, 13h05.
(Dragonheart). EUA, 1996, 103 min.
Direção: Rob Cohen. Com Dennis Quaid,
David Thewlis, Dina Meyer. Com a ajuda
de Draco, o último dos dragões, cavaleiro
tenta salvar país das atrocidades de um
tirano. A quem interessar, a dublagem
do dragão na versão em português é do
ator Miguel Falabella.
Matar ou Correr
Cultura, 15h30.
Brasil, 1954, 87 min. Direção: Carlos
Manga. Com Oscarito, Grande Otelo,
José Lewgoy. Sátira a "Matar ou Morrer",
de Fred Zinnemann. Aqui, Kid Bolha
(Oscarito) vira xerife. Logo terá de
enfrentar a ira do bandoleiro local.
Chanchada legal ambientada em
Citydown, no Velho Oeste dos Estados
Unidos. P&B.
Lancelot, o Primeiro Cavaleiro
Record, 18h.
(First Knight). Inglaterra/EUA, 1995, 132
min. Direção: Jerry Zucker. Com Sean
Connery, Richard Gere, Julia Ormond.
Ainda uma vez, o rei Arthur (Connery) se
encantará com seu cavaleiro, Lancelot
(Gere), enquanto este se encanta com a
rainha Guinevere (Ormond). A história é
a mesma de sempre, mas é como se
tivesse decaído. O essencial aqui é Sean
Connery.
Ação Terrorista
Bandeirantes, 20h30.
(The Silencer). Canadá, 1999, 92 min.
Direção: Robert Lee. Com Michael
Dudikoff, Brennan Elliott. Agente do FBI
infiltra-se em grupo terrorista. Em vez de
descobrir muitos segredos, que era sua
missão, torna-se amigo sincero de um
colega de organização. Com isso, o plano
do FBI começa a fazer água (como o
filme, de resto).
Um Tira da Pesada 3
Globo, 23h45.
(Beverly Hills Cop 3). EUA, 1994, 104 min.
Direção: John Landis. Com Eddie
Murphy, Judge Reinhold. Quando
chegam ao terceiro filme, normalmente
as séries têm tudo para piorar. Mas
Murphy -o tira desabusado- dirigido
por John Landis -cineasta elegante e
invulgar- dá samba. Comédia de
primeira.
Ama-me ou Esqueça-me
Bandeirantes,0h30.
(Love me or Leave me). EUA, 1955, 122
min. Direção: Charles Vidor. Com Doris
Day, James Cagney, Cameron Mitchell.
Cagney é o mafioso que põe por diante a
carreira de Ruth Etting (Day), cantora de
blues dos anos 1920-30, e obtém, em
troca, o direito de casar com ela. Mas não
o de infernizá-la, pensará Ruth a horas
tantas, tal o autoritarismo do marido.
Musical da Metro produzido por Joe
Pasternak, bem mais ambicioso do que a
média da carreira da atriz.
Música do Coração
Globo, 1h40.
(Music of the Heart). EUA, 1999, 124 min.
Direção: Wes Craven. Com Meryl Streep,
Aidan Quinn, Angela Bassett. Filme
atípico de Craven, que troca Freddy
Kruger por Streep, violinista que, após
ser largada pelo marido, vai lecionar
numa região pobre e violenta da cidade.
Não é formidável, mas seu resultado é
bem digno.
Alguém para Amar
Globo, 3h45.
(Somebody to Love). EUA, 1994, 102 min.
Direção: Alexandre Rockwell. Com Rosie
Perez, Harvey Keitel, Anthony Quinn.
Dançarina que sonha ser atriz de
Hollywood troca seu velho namorado
por um novo, latino como ela e dedicado
a ela como poucos seriam.
(INÁCIO ARAUJO)
TV PAGA
A "Janela da Alma" falta só um ponto de vista
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
O que existe ainda para ver?
-perguntava a heroína de Lars
von Trier em "Dançando no Escuro". O que significa o olhar
num mundo inflacionado pelas
imagens?
É isso o que propõe em linhas
gerais João Jardim, responsável,
com a colaboração de Walter Carvalho, por "Janela da Alma", que
estréia hoje a Faixa Brasil Documenta, no GNT.
Este documentário foi bastante
festejado, quando de seu lançamento, e não sem certa razão.
Desfilam ali, respondendo à questão sobre o olhar, uma série de
personalidades em geral muito
inteligentes e com algo a dizer sobre o assunto. A montagem deve
pilhar o cerne de suas reflexões,
de maneira que será impossível
desprezar o que é dito.
Por outro lado, há uma multiplicidade tão grande de olhares
nacionais e internacionais sobre o
olhar que o espectador pode se
sentir um pouco perdido: vesgos,
caolhos, poetas, cegos, romancistas, míopes em geral, altos, baixotes, cineastas, feios, belos.
Ausência de eixo
Talvez não seja tanto o excesso
de pontos de vista que impressiona, mas a ausência de um eixo claro a organizá-los.
De que estamos falando mesmo? Ora da imagem como a vê
um fotógrafo cego (brilhante,
aliás), ora um neurologista.
Talvez por isso, também, as
imagens do filme -sobretudo as
de passagem, mas não só elas-
se vejam sobrecarregadas por um
estilismo meio rococó (tipo: luzes
desfocadas de uma cidade) que
parece ilustrar a maior parte das
observações dos entrevistados sobre a esterilidade da imagem. Porque falta a esse trabalho a que não
faltam virtudes a virtude essencial
de um filme: um ponto de vista.
JANELA DA ALMA. Quando: hoje, às
21h, no GNT.
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