São Paulo, domingo, 21 de março de 2004

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FILMES

TV ABERTA

Atuação de Connery é o essencial em "Lancelot"

Coração de Dragão
Globo, 13h05.
 
(Dragonheart). EUA, 1996, 103 min. Direção: Rob Cohen. Com Dennis Quaid, David Thewlis, Dina Meyer. Com a ajuda de Draco, o último dos dragões, cavaleiro tenta salvar país das atrocidades de um tirano. A quem interessar, a dublagem do dragão na versão em português é do ator Miguel Falabella.

Matar ou Correr
Cultura, 15h30.
   
Brasil, 1954, 87 min. Direção: Carlos Manga. Com Oscarito, Grande Otelo, José Lewgoy. Sátira a "Matar ou Morrer", de Fred Zinnemann. Aqui, Kid Bolha (Oscarito) vira xerife. Logo terá de enfrentar a ira do bandoleiro local. Chanchada legal ambientada em Citydown, no Velho Oeste dos Estados Unidos. P&B.

Lancelot, o Primeiro Cavaleiro
Record, 18h.
  
(First Knight). Inglaterra/EUA, 1995, 132 min. Direção: Jerry Zucker. Com Sean Connery, Richard Gere, Julia Ormond. Ainda uma vez, o rei Arthur (Connery) se encantará com seu cavaleiro, Lancelot (Gere), enquanto este se encanta com a rainha Guinevere (Ormond). A história é a mesma de sempre, mas é como se tivesse decaído. O essencial aqui é Sean Connery.

Ação Terrorista
Bandeirantes, 20h30.
 
(The Silencer). Canadá, 1999, 92 min. Direção: Robert Lee. Com Michael Dudikoff, Brennan Elliott. Agente do FBI infiltra-se em grupo terrorista. Em vez de descobrir muitos segredos, que era sua missão, torna-se amigo sincero de um colega de organização. Com isso, o plano do FBI começa a fazer água (como o filme, de resto).

Um Tira da Pesada 3
Globo, 23h45.
   
(Beverly Hills Cop 3). EUA, 1994, 104 min. Direção: John Landis. Com Eddie Murphy, Judge Reinhold. Quando chegam ao terceiro filme, normalmente as séries têm tudo para piorar. Mas Murphy -o tira desabusado- dirigido por John Landis -cineasta elegante e invulgar- dá samba. Comédia de primeira.

Ama-me ou Esqueça-me
Bandeirantes,0h30.
   
(Love me or Leave me). EUA, 1955, 122 min. Direção: Charles Vidor. Com Doris Day, James Cagney, Cameron Mitchell. Cagney é o mafioso que põe por diante a carreira de Ruth Etting (Day), cantora de blues dos anos 1920-30, e obtém, em troca, o direito de casar com ela. Mas não o de infernizá-la, pensará Ruth a horas tantas, tal o autoritarismo do marido. Musical da Metro produzido por Joe Pasternak, bem mais ambicioso do que a média da carreira da atriz.

Música do Coração
Globo, 1h40.
   
(Music of the Heart). EUA, 1999, 124 min. Direção: Wes Craven. Com Meryl Streep, Aidan Quinn, Angela Bassett. Filme atípico de Craven, que troca Freddy Kruger por Streep, violinista que, após ser largada pelo marido, vai lecionar numa região pobre e violenta da cidade. Não é formidável, mas seu resultado é bem digno.

Alguém para Amar
Globo, 3h45.
  
(Somebody to Love). EUA, 1994, 102 min. Direção: Alexandre Rockwell. Com Rosie Perez, Harvey Keitel, Anthony Quinn. Dançarina que sonha ser atriz de Hollywood troca seu velho namorado por um novo, latino como ela e dedicado a ela como poucos seriam.
(INÁCIO ARAUJO)

TV PAGA

A "Janela da Alma" falta só um ponto de vista

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

O que existe ainda para ver? -perguntava a heroína de Lars von Trier em "Dançando no Escuro". O que significa o olhar num mundo inflacionado pelas imagens?
É isso o que propõe em linhas gerais João Jardim, responsável, com a colaboração de Walter Carvalho, por "Janela da Alma", que estréia hoje a Faixa Brasil Documenta, no GNT.
Este documentário foi bastante festejado, quando de seu lançamento, e não sem certa razão. Desfilam ali, respondendo à questão sobre o olhar, uma série de personalidades em geral muito inteligentes e com algo a dizer sobre o assunto. A montagem deve pilhar o cerne de suas reflexões, de maneira que será impossível desprezar o que é dito.
Por outro lado, há uma multiplicidade tão grande de olhares nacionais e internacionais sobre o olhar que o espectador pode se sentir um pouco perdido: vesgos, caolhos, poetas, cegos, romancistas, míopes em geral, altos, baixotes, cineastas, feios, belos.

Ausência de eixo
Talvez não seja tanto o excesso de pontos de vista que impressiona, mas a ausência de um eixo claro a organizá-los.
De que estamos falando mesmo? Ora da imagem como a vê um fotógrafo cego (brilhante, aliás), ora um neurologista.
Talvez por isso, também, as imagens do filme -sobretudo as de passagem, mas não só elas- se vejam sobrecarregadas por um estilismo meio rococó (tipo: luzes desfocadas de uma cidade) que parece ilustrar a maior parte das observações dos entrevistados sobre a esterilidade da imagem. Porque falta a esse trabalho a que não faltam virtudes a virtude essencial de um filme: um ponto de vista.


JANELA DA ALMA. Quando: hoje, às 21h, no GNT.


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