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Grupo quer voltar a tocar para poucos
DA REPORTAGEM LOCAL
Talvez seja verdade que, às vezes, a dita imprensa especializada
preste um desserviço ao público e
aos entrevistados. Apesar de seus
14 anos de existência, com três álbuns lançados até agora, tudo o
que se sabe dos Deftones mundo
afora é que: 1) são mais uma banda desse tal de nü-metal; 2) que
grava pelo mesmo selo da Madonna; e 3) que em 2000 fez uma
música inspirada na hoje caída
Feiticeira (Joana Prado).
Nada de errado até aí, não fosse
a desproporcional insistência em
colocar a banda do vocalista Chino Moreno ao lado dos bebês
chorões do Linkin Park, por
exemplo, que só resolveram montar o grupo quando o Deftones já
tinha o seu "Adrenaline" (1995)
pronto e o ótimo "Around the
Fur" (1997) faixa a faixa na cabeça
-entre as quais a poderosa "My
Own Summer (Shove It)", da trilha sonora de "Matrix".
A primeira imediatamente reescreveu a fórmula de se fazer
(nü-)metal. O segundo, a fórmula
de se fazer cinema.
De memória curta, poucos brasileiros também devem se lembrar que o Deftones deu as caras
por aqui em 2001, no último Rock
in Rio. Tinha Red Hot Chilli Peppers e Silverchair com quem competir. Nada contra.
Mas o fato é que, marketing a favor ou contra, o quinteto californiano pretende usar este "Deftones" para tentar, mais uma vez,
demarcar (o seu próprio) território na linhagem do novo metal. Já
em 4 de julho, embarca juntamente com Metallica, Limp Bizkit
e Linkin" Park na megaturnê americana Summer Sanitarium Tour
2003. Nas horas vagas e já a partir
de maio, pretende fazer o que batizou de "shows de guerrilha",
uma série de aparições esporádicas, de um dia para o outro, em
casas de shows pequenas, para
não mais do que 2.000 pessoas.
(DA)
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