São Paulo, quarta-feira, 21 de abril de 2010

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Mônica Bergamo

bergamo@folhasp.com.br

Leticia Moreira/Folha Imagem
Oartista plástico Rick Castro na abertura de sua exposição no Paço das Artes

Um pouco mais

Criada para durar dez anos, de 1993 a 2003, até que a indústria do cinema se tornasse independente de recursos públicos, a Lei do Audiovisual será prorrogada mais uma vez. Projeto apresentado pelo senador Francisco Dornelles (PP-RJ) prevê que ela seja válida até 2016. "Não obstante todos os avanços obtidos, a indústria audiovisual nacional ainda depende dos recursos incentivados para se manter e se consolidar, pois, além dos altos investimentos requeridos pelo setor, essa é uma área extremamente competitiva, em nível mundial", afirma o parlamentar ao justificar a proposta.

FATIA GORDA
São captados por ano no Brasil algo como R$ 40 milhões por meio da Lei do Audiovisual. O montante corresponde a cerca de 30% do que é captado anualmente por produtores.

NADA A DECLARAR
E o nome de Dornelles voltou a circular com força no PSDB como possível candidato a vice na chapa de José Serra (PSDB-SP). "O assunto tem crescido. Mas temos que tratá-lo de forma discreta porque, se a articulação não der certo, pode atrapalhar esse momento de vento a favor da candidatura do Serra", diz um dos coordenadores da campanha tucana. Dornelles diz o seguinte: "Não há política sem história, boato ou lenda. E, quando eles adquirem força própria, não adianta desmentir nem confirmar. Então, esse assunto eu não comento".

ASA TUCANA
Serra tem voado pelo Brasil a bordo do jatinho, um Learjet, do banqueiro tucano Ronaldo Cezar Coelho (PSDB-RJ).

ADEUS
Rodolfo Landim sairá do grupo EBX no dia 30, quando vence seu contrato de quatro anos.

 


O executivo entrou no conglomerado de Eike Batista para presidir a MMX, de mineração, comandou a OGX, de petróleo e gás, e fez o IPO da OSX (estaleiro). Ele já tem sondagem de dois grandes grupos privados para trabalhar.

BOM EXEMPLO
Fábio Barreto, diretor do filme "Lula, O Filho do Brasil", deve passar uma temporada em Brasília. Em coma desde um acidente de carro, no fim de 2009, ele deve se submeter a tratamento com a equipe do hospital Sarah Kubitschek, "a mesma que tratou do [cantor] Herbert Vianna", diz seu pai, o produtor Luiz Carlos Barreto.

BRASIL SOLIDÁRIO
A equipe de Roberto Carlos estudava ontem com o cantor a possibilidade de fazer a missa de sétimo dia de sua mãe, Lady Laura, em uma das grandes igrejas do Rio, como a Candelária. É que mais de 200 pessoas, além de uma centena de jornalistas, pedia o endereço do local da homenagem. O cantor gostaria de realizá-la na igreja Nossa Senhora do Brasil, na Urca, que a mãe e ele sempre frequentaram. Mas o local é pequeno para o número de pessoas que está sendo aguardado.

MÃE É MÃE
O ator Wagner Moura lança o disco de sua banda na véspera do Dia das Mães, em São Paulo.

 


Ele apresentará o show "Sua Mãe -The Very Best of the Greatest Hits" no dia 8 de maio, no Studio SP.

DEU NAMORO
Geisy Arruda, a estudante que foi hostilizada na Uniban por causa de seu vestido curto, está namorando. Ela escolheu o parceiro no quadro "Vai dar Namoro", do programa "O Melhor do Brasil", da Record. Entre os finalistas, estavam um técnico eletrônico, um comerciante e um pecuarista. Depois de ver um vídeo e de conversar com os três, optou pelo último, Diego Vieira Silva, 23 anos, fazendeiro de Frutal (MG). Vai ao ar no dia 1º de maio.

SEXTO SENTIDO
Ângelo Antônio, o Chico Xavier do longa sobre o médium, contou para Marília Gabriela, em entrevista que vai ao ar no domingo, 25, no GNT, que tinha medo de espíritos quando era criança e que, durante as filmagens, teve uma experiência "sobrenatural". "Lá em Uberaba, estava numa cachoeira e tive a sensação de ter uma menina do meu lado. Depois, uma senhora me contou que uma menina havia se matado naquele mesmo lugar. À noite, tive que dormir de luz acesa."

SEM VELA
Habitué das festas de aniversário de Brasília -"sempre tive um lugar privilegiado no backstage", diz-, o jornalista Edson Sombra, pivô da prisão de José Roberto Arruda, quer passar longe das comemorações do cinquentenário, hoje. "Imagine o que o Arruda, o Durval [Barbosa, que denunciou o mensalão do DEM] e o Edson Sombra estão passando. Há um ano, estávamos em uma festa linda e o destino quis que, agora, cada um passasse por seu sofrimento particular."

MARIA ADELAIDE AMARAL

"Eu pouco vejo novela. Tenho mais o que fazer"

Maria Adelaide Amaral, autora da próxima novela das sete da TV Globo, "Ti-Ti-Ti", que estreia em julho, tem uma missão difícil: recuperar a audiência perdida no horário pela atual trama, "Tempos Modernos", com 25 pontos no Ibope. Ela falou à coluna.

 

FOLHA - "Ti-Ti-Ti" será um remake da novela de 1985. Por quê?
MARIA ADELAIDE AMARAL
- A era das grandes minisséries, que escrevo há anos, acabou. E eu não posso justificar o meu salário escrevendo uma minissérie de cinco capítulos por ano, como foi "Dalva e Herivelto". A Globo queria que eu fizesse novelas. Eu disse que, se fosse obrigada, faria então o remake de "Ti-Ti-Ti" com "Plumas & Paetês" [de Cassiano Gabus Mendes, morto em 1993]. Foi o Cassiano quem me levou para a TV, em 1990, para escrevermos "Meu Bem Meu Mal". Depois, fizemos "O Mapa da Mina". Me sinto herdeira dele. E não tenho a menor intenção de fazer novela das oito. Acho um porre.

FOLHA - Por quê?
MARIA ADELAIDE
- Dá um trabalho do cão. Você tem que escrever quase 40 páginas por dia. Eu não tenho mais saúde nem idade pra isso. Eu não tenho ambição de ser autora do horário das oito. Prefiro o das sete, das seis. Eu não quero escrever o trabalho da minha vida. O trabalho da minha vida foram as minisséries.

FOLHA - Por que você diz que "a era das grandes minisséries acabou"?
MARIA ADELAIDE
- Porque eles [Globo] não querem mais coincidir minissérie com "Big Brother". Acho que eles tiveram muita reclamação por causa do horário em que eram exibidas. "A Muralha" teve 50 capítulos, "JK", 53. Isso acabou.

FOLHA - Teme herdar a baixa audiência de "Tempos Modernos"?
MARIA ADELAIDE
- Paciência. Vamos fazer de tudo pra levantar.

FOLHA - Mas é um complicador.
MARIA ADELAIDE
- Eu não tô nem aí pra audiência. Eu tô aí pra trabalhar. Acho que [a audiência de] "Ti-Ti-Ti" vai ser melhor, pelo menos, do que esta que está no ar. Eu nem sei quanto que tá. O Bosco [Brasil, autor de "Tempos Modernos"] é um amigo, um bom autor, que funciona muito bem no teatro. E a gente torce para os amigos. Eu espero que a audiência da novela dele melhore. Porque, se melhorar, melhora pra nós.

FOLHA - Por que "Tempo Modernos" não dá audiência?
MARIA ADELAIDE
- Eu não sei. Não vejo a novela. Aliás, eu pouco vejo novela. Eu tenho mais o que fazer! Nessa hora estou trabalhando ou me preparando pra sair.

CURTO-CIRCUITO
THIAGO PETIT faz show hoje com participação de Thalma de Freitas e Hélio Flanders, às 22h, no Studio SP. 18 anos.
A GRIFE Thelure promove hoje, das 12h às 18h, o lançamento de sua linha de peças de couro na loja do Itaim Bibi.
PAULA E HERMELINDO RUETE DE OLIVEIRA recebem amigos e convidados para almoço hoje em homenagem ao professor Eric Fombone, da universidade canadense McGill.

com DIÓGENES CAMPANHA, LEANDRO NOMURA e LÍGIA MESQUITA



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