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"Era troca", diz filho de Chacrinha
DA REPORTAGEM LOCAL
Apontado por André Midani
como responsável por negociar
jabás para o programa do Chacrinha, Leleco Barbosa, 52, filho do
apresentador, diz que não havia
pagamento em dinheiro. Segundo ele, que dirigiu o show do pai
por cerca de 20 anos, o que existia
era "uma troca de interesses".
"A gravadora queria botar [no
programa] o artista tal. Se papai
gostasse, botava. Mas, como produzia shows com artistas, chacretes e calouros, a "caravana", fazia
uma troca: "Boto o artista [na TV],
mas ele tem que ir ao show". Era
uma troca de interesses", disse.
Leleco afirmou à Folha que o
músico se apresentava de graça na
caravana, que ocorria até duas vezes por mês, e Chacrinha faturava
com a venda de ingressos. "Era
uma coisa mais que justa. Se o cara queria se lançar no programa,
ia ao show em contrapartida."
De acordo com ele, praticamente todos cantavam nos shows sem
cobrar do apresentador. "99%
eram de graça. A verba de produção do programa não dava para
pagar o artista [para a caravana]."
Leleco diz não se lembrar da
história de Baby e Pepeu, relatada
por Midani. "Quem lançou os
dois na TV foi papai. Ele tinha um
carinho todo especial com ela, e
não me lembro desse episódio."
Hoje produtor de um "talk show"
da TV Bandeirantes do Rio, diz
não ser contra o jabá. "Artista é
um produto como outro qualquer. Não vejo por que não pagar.
Se cria um produto e quer anunciar, tem que pagar."
(PAS e LM)
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