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SHOW
Hoje, cantor se apresenta em Chicago
Tom Zé agrada com "portunglês" em NY
RENATO FRANZINI
de Nova York
O cantor e compositor baiano
Tom Zé correspondeu à expectativa da imprensa local e agradou a
platéia de 1.100 pessoas (a maioria
americanos) que lotou a casa de
shows Irving Plaza, em Nova York,
anteontem à noite.
Numa apresentação de 1h20,
Tom Zé conseguiu fazer o público
dançar e cantar, além de arrancar
risadas com brincadeiras ("kiddings", segundo ele) faladas em
"portunglês".
Esse foi o segundo show da turnê
do álbum "Com Defeito de Fabricação" nos EUA -a primeira que
Tom Zé faz nos país. Hoje ele toca
em Chicago. Depois vai para Minneapolis, San Francisco e acaba a
viagem em Los Angeles, no dia 27.
Em Nova York, a expectativa em
torno do show (com bilheteria esgotada) foi grande depois que o
brasileiro foi tema de duas matérias no jornal "The New York Times" e apareceu em revistas especializadas, como a "Time Out".
A última matéria do "NYT", que
saiu no domingo passado, traça
um perfil dele a partir de uma entrevista com Tom Zé em seu apartamento em São Paulo.
Anteontem, Tom Zé subiu ao
palco às 22h40, depois de uma
apresentação morna de Vinícius
Cantuária.
Com ele, a recepção foi calorosa.
De cara, a platéia riu do modo como o brasileiro foi apresentado pelo músico David Byrne (ex-Talking Heads), dono da gravadora
de Tom Zé, a Luaka Bop.
"Estou aqui para apresentar a
verdadeira ameaça fantasma", disse Byrne, numa referência ao filme
"Star Wars: Episódio 1 - A Ameaça
Fantasma", de George Lucas, que
também estreou anteontem em
Nova York.
Tom Zé abriu tocando duas músicas do disco novo. Gesticulando
muito, passou o show usando palavras como "shortizinha", "smallzinha" (para dar uma pequena
pausa) e "wood in the machine"
(literalmente, "pau na máquina"),
dirigindo-se à banda.
Mas ganhou mesmo a platéia
com uma versão de "Hey Jude",
dos Beatles, cantada com as notas
ao contrário, e com os primeiros
acordes de "Smoke in the Water",
do Deep Purple.
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