|
Texto Anterior | Índice
INSTITUTO TOMIE OHTAKE
Coleção Sattamini
desvela panorama
da arte brasileira
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Nos tempos em que Nuno Ramos era expressionista, Carlos
Vergara era pop e Hélio Oiticica
fazia desenhos bidimensionais,
João Sattamini já colecionava
arte, e parte de sua coleção pode
ser apreciada a partir de hoje no
instituto Tomie Ohtake, mostrando várias dessas relíquias.
Rara oportunidade de ver a
trajetória que os artistas percorreram até consolidar sua produção como a conhecemos hoje, a
exposição traça um panorama
da arte brasileira dos últimos 50
anos, sob curadoria de Guilherme Bueno (do MAC-Niterói,
que abriga a coleção Sattamini
em regime de comodato desde
1996 -são mais de 1.200 peças).
Dividida em três salas, apresenta a abstração geométrica e
informal dos anos 50 até o início
dos 60; o experimentalismo dos
anos 60 a 70; e a volta à pintura e
neoconceitualismo dos anos 80
e 90. Mas a cronologia não é seguida à risca, possibilitando, por
exemplo, a inclusão de tela recente de Hércules Barsotti na
primeira sala, frisando a permanência de poéticas independente das tendências dominantes.
Na segunda sala, o poderoso
trabalho "Repressão Outra Vez:
Eis o Saldo" (1968), de Antonio
Manuel, é colocado em frente a
pinturas de Jorge Guinle, "como
uma acareação", brinca Bueno,
"para opor o hedonismo da pintura que surge com a reabertura
ao cerebralismo que predominou durante a ditadura".
(JMo)
O MAPA DO AGORA. Quando:
vernissage hoje, às 19h; de ter. a dom.,
das 11h às 20h. Até 3/11. Onde:
instituto Tomie Ohtake (av. Faria Lima,
201, SP, tel. 0/xx/11/6844-1900).
Grátis. Patrocinador: Petrobras.
Texto Anterior: Artes Plásticas - Exposição: Scully conjuga construção e emotividade Índice
|