DA SUCURSAL DO RIO

A nova fase da Lapa já é tema de estudos acadêmicos. O historiador Micael Herschmann, autor de "O Funk e o Hip-Hop Invadem a Cena" (2000), fez pesquisas sobre o momento do bairro durante 2005 e 2006 e lançou "Lapa, Cidade da Música".
Não é um livro sobre música, mas sobre produção de cultura e indústria cultural. Mostrando como a Lapa estava abandonada nos anos 90 e foi recuperada por artistas e comerciantes da região, usando como armas o samba e o choro, Herschmann defende que circuitos independentes são alternativas ao monopólio dos grandes conglomerados de cultura e comunicação.
Embora a Lapa tenha renascido com pouca ajuda de órgãos públicos, o historiador propõe políticas públicas inspiradas nas experiências do bairro. Em 2004 -segundo dados já superados-, havia 116 estabelecimentos (musicais, gastronômicos etc.), atraindo 110 mil pessoas por semana e rendendo R$ 14,5 milhões por mês. (LFV)