São Paulo, sexta-feira, 21 de setembro de 2007

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LONDON FASHION WEEK

Semana inglesa abando na extravagâncias

A era das maluquices conceituais parece ter chegado ao fim na London Fashion Week. O evento, que terminou ontem com a estréia da linha Adidas by Stella McCartney, ainda pode ser considerado a mais moderninha das semanas de moda do calendário internacional, mas deixou para trás sua fase de experimentalismos radicais.
Com raras exceções, como o desfile do estilista Gareth Pugh, o que se viu nas passarelas foram propostas joviais, mas também preocupadas com a viabilidade comercial da roupa.
O próprio Gareth -rei do underground fashion de Londres-, apesar de abrir o desfile com uma modelo usando um cubo na cabeça, diminuiu suas extravagâncias nas modelagens. O resultado foi uma coleção apenas estranha, de inspiração fetichista, bem inferior às criações anteriores do estilista.
A temporada também foi marcada pelo retorno de duas importantes grifes às passarelas do evento inglês.
Luella Bartley, que agradou a crítica com suas indie-nerds abusadinhas, deixou a semana de moda de Nova York, onde desfilava desde 2001, para retornar ao evento que a lançou.
Outro que voltou à London Fashion Week foi Matthew Williamson, que está comemorando dez anos de carreira e ganhará uma exposição retroscpectiva no museu do Design de Londres, a partir de 26 de outubro. Em seu desfile, com show-surpresa do cantor Prince, o estilista mostrou variações do ótimo trabalho de estamparia que consagrou sua marca.
A estamparia e um certo estilo de verão tropical e jet-setter, aliás, foram as grandes apostas da temporada inglesa. As grifes Issa, da franco-brasileira Daniela Helayel, Paul Smith Woman e Basso & Brooke também investiram nessas tendências.
Entre os novatos, destaque para Cristopher Kane, que fez sucesso entre as editoras de moda com uma interpretação atual de peças tradicionalmente ligadas ao estilo romântico.
Outras boas surpresas foram Duro Olowu, que mostrou uma coleção fresca e desejável, e os tricôs maluquetes de Clare Tough, com bordados inspirados na obra de Basquiat.
Fora da passarela, a anorexia voltou à pauta quando uma modelo magra demais foi impedida de desfilar. O assunto, no entanto, esfriou e acabou com um comunicado do British Fashion Council pedindo que as modelos passem por exames para detectar distúrbios alimentares.


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