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LONDON FASHION WEEK
Semana inglesa abando na extravagâncias
A era das maluquices conceituais parece ter chegado ao fim
na London Fashion Week. O
evento, que terminou ontem
com a estréia da linha Adidas
by Stella McCartney, ainda pode ser considerado a mais moderninha das semanas de moda
do calendário internacional,
mas deixou para trás sua fase
de experimentalismos radicais.
Com raras exceções, como o
desfile do estilista Gareth Pugh,
o que se viu nas passarelas foram propostas joviais, mas
também preocupadas com a
viabilidade comercial da roupa.
O próprio Gareth -rei do underground fashion de Londres-, apesar de abrir o desfile
com uma modelo usando um
cubo na cabeça, diminuiu suas
extravagâncias nas modelagens. O resultado foi uma coleção apenas estranha, de inspiração fetichista, bem inferior às
criações anteriores do estilista.
A temporada também foi
marcada pelo retorno de duas
importantes grifes às passarelas do evento inglês.
Luella Bartley, que agradou a
crítica com suas indie-nerds
abusadinhas, deixou a semana
de moda de Nova York, onde
desfilava desde 2001, para retornar ao evento que a lançou.
Outro que voltou à London
Fashion Week foi Matthew Williamson, que está comemorando dez anos de carreira e ganhará uma exposição retroscpectiva no museu do Design de
Londres, a partir de 26 de outubro. Em seu desfile, com show-surpresa do cantor Prince, o estilista mostrou variações do
ótimo trabalho de estamparia
que consagrou sua marca.
A estamparia e um certo estilo de verão tropical e jet-setter,
aliás, foram as grandes apostas
da temporada inglesa. As grifes
Issa, da franco-brasileira Daniela Helayel, Paul Smith Woman e Basso & Brooke também
investiram nessas tendências.
Entre os novatos, destaque
para Cristopher Kane, que fez
sucesso entre as editoras de
moda com uma interpretação
atual de peças tradicionalmente ligadas ao estilo romântico.
Outras boas surpresas foram
Duro Olowu, que mostrou uma
coleção fresca e desejável, e os
tricôs maluquetes de Clare
Tough, com bordados inspirados na obra de Basquiat.
Fora da passarela, a anorexia
voltou à pauta quando uma modelo magra demais foi impedida de desfilar. O assunto, no entanto, esfriou e acabou com um comunicado do British Fashion
Council pedindo que as modelos passem por exames para detectar distúrbios alimentares.
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