São Paulo, Quinta-feira, 21 de Outubro de 1999
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Desenhos têm fronteira sutil

free-lance para a Folha

Dentro de um segmento essencialmente formal, o núcleo que aborda o papel da linha tomando como base desenhos de Amilcar de Castro, os trabalhos comprovam a complexidade dos gêneros artísticos hoje.
Paulo Climachauska apresenta dois desenhos e uma escultura, que consiste em uma placa de vidro encostada na parede contendo, à direita, subtrações matemáticas com resultado zero e, à esquerda, sobreposição de letras: no vidro está escrita a letra "c" e, na parede, a palavra "ontem".
O jogo de palavras e as operações inúteis repetem-se nos desenhos, como a sinalizar que na arte tudo se anula. Ficam pulsando para o espectador as impossibilidades e fragilidades da existência. "Meu trabalho é uma articulação de sistemas, em que as inferências que se podem tirar são ora restritas ao sistema da arte, ora ao sistema da vida", explica.
Seus trabalhos fazem, na mostra, a transição, física e conceitual, entre desenhos e esculturas. Também compõem o núcleo de desenhos os artistas Fabiano Gonper, Marcelo Solá e Alex Cabral, cuja obra com elementos de publicações bem poderia figurar no núcleo de apropriação. (JMo)


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