São Paulo, quinta-feira, 21 de outubro de 2004

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FILMES

Quebrando o Gelo
Globo, 15h30.
  
(Snow Day). EUA, 2000 89 min. Direção: Chris Koch. Com Chris Elliott, Mark Webber. Nevasca que atinge cidade dos EUA faz a alegria da garotada: com as estradas interditadas, as aulas são interrompidas, e a brincadeira liberada. Problema: para que isso aconteça é preciso neutralizar o removedor de neve.

Phython - A Cobra Assassina
Record, 21h45.
 
(King Cobra). EUA, 1998, 93 min. Direção: David Hillenbrand. Com Pat Morita, Scott Hillenbrand. Experimento científico dá pra trás e deixa livre uma cobra de 15 metros e brava para caramba. Terror.

Players Club
SBT, 22h30.
  
(The Players Club). EUA, 1997, 104 min. Direção: Ice Cube. Com Lisa Raye, Bernie Mac, Monica Calhoun. Para sustentar o filho, bela jovem passa a trabalhar em boate de striptease, enfrentando a barra-pesada do lugar. Escrito, produzido e dirigido por Ice Cube.

Intercine
Globo, 1h30.

Passa na quinta o preferido dos votantes: "MacArthur, o General Rebelde (1997, de Joseph Sargent, com Gregory Peck, Ed Flanders) ou "A Cor Púrpura" (1985, de Steven Spielberg, com Danny Glover, Whoopi Goldberg).

Os Maiorais - Nos Bastidores do Sucesso
SBT, 2h50.
  
(The Rat Pack). EUA, 1998, 120 min. Direção: Rob Cohen. Com Ray Liotta, Joe Mantegna, Deborah Kara Unger. "Rat Pack" era o nome do grupo de amigos composto por Frank Sinatra, Dean Martin, Sammy Davis Jr., Joey Bishop e Peter Lawford, famosos não só por suas atividades profissionais como por ligações com a Máfia. É disso que tenta dar conta este filme, bem pobremente. Só para São Paulo. (IA)

Um convite à sociabilidade

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

A grife Dogma já era apenas isso, uma grife, quando Lone Scherfig realizou "Italiano para Principiantes" (Telecine Emotion, 1h10), com Anders W. Berthelsen.
E na verdade não tem a menor importância o filme pertencer ao movimento Dogma ou não, já que estamos aqui diante de uma comédia romântica bem simpática sobre pessoas que, na Dinamarca, encontram-se num curso de italiano.
E por que italiano? Parece que existe uma oposição completa entre Dinamarca e Itália, em termos de sol, de humor, de espírito. A Itália funciona então como signo de latinidade.
Há outro aspecto. Cursos de línguas são bons lugares de paquera, talvez porque todos se dispam um pouco do que são, se abram ao outro. Talvez o filme funcione, também, sobretudo, como convite à sociabilidade.

DOCUMENTÁRIO

Especial sobrevoa exemplos de estupidez

NAIEF HADDAD
EDITOR-ASSISTENTE DA ILUSTRADA

Nos anos 60, Roberto Carlos -que se apresenta sábado no Pacaembu- lançou "Sua Estupidez" ("sua estupidez não lhe deixa ver que eu te amo..."). Também eram tempos do "Estúpido Cupido", de Celly Campello.
Mas não é essa linha de vertigem romântica que segue Abert Nerenberg, diretor do documentário "A Estupidez Humana", que estréia hoje no GNT. Nesse caso, trata-se mesmo de ignorância, idiotice, grosseria. Nerenberg parte do princípio que esses substantivos se alastram mundo afora, mas pouco são analisados, portanto vamos a eles. Idéia estúpida? Talvez. Não se encara um tema tão abrangente em apenas uma hora sem estragos pelo caminho.
O documentário sobrevoa os "reality shows", os programas cômicos (com destaque pra "Jackass", da MTV), os filmes de Hollywood (Adam Sandler é a vítima), a mídia, a política e os discursos apoteóticos... Para isso, o diretor lança mão de 21 ditos especialistas no tema, cujos depoimentos esfarelam qualquer intenção de unidade -muitos falam, pouco fala cada um. E dá-lhe piadinhas de Michael Moore e comentários de Noam Chomsky (a propósito, não há outras vozes na esquerda norte-americana?)
Há bons achados, no entanto. O melhor deles é a entrevista com Trevor Strong, autor de "Ignorance is Bliss" (algo como "Ignorância É uma Bênção"). Em pose de intelectual descolado, sem titubear, Strong defende que o sujeito "quando pensa, causa mal a si mesmo" e que a "inteligência conduz a problemas". Entre os "sete mandamentos" estampados na capa do seu livro, estão: "construa muros para separar você dos outros" e "evite desafios". Como um guru, Strong tem seus seguidores.
A conclusão é o melhor do filme, mas não merece ser revelada. Diga-se apenas que a soma de Bush e estupidez não é tão simples como dois e dois são quatro.


A ESTUPIDEZ HUMANA. Quando: hoje, às 21h30 e às 4h30, amanhã, às 7h30 e 17h30, e dom., às 20h30 e 2h30, no GNT.


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