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FILMES
Quebrando o Gelo
Globo, 15h30.
(Snow Day). EUA, 2000 89 min. Direção:
Chris Koch. Com Chris Elliott, Mark
Webber. Nevasca que atinge cidade dos
EUA faz a alegria da garotada: com as
estradas interditadas, as aulas são
interrompidas, e a brincadeira liberada.
Problema: para que isso aconteça é
preciso neutralizar o removedor de neve.
Phython - A Cobra Assassina
Record, 21h45.
(King Cobra). EUA, 1998, 93 min. Direção:
David Hillenbrand. Com Pat Morita, Scott
Hillenbrand. Experimento científico dá
pra trás e deixa livre uma cobra de 15
metros e brava para caramba. Terror.
Players Club
SBT, 22h30.
(The Players Club). EUA, 1997, 104 min.
Direção: Ice Cube. Com Lisa Raye, Bernie
Mac, Monica Calhoun. Para sustentar o
filho, bela jovem passa a trabalhar em
boate de striptease, enfrentando a barra-pesada do lugar. Escrito, produzido e
dirigido por Ice Cube.
Intercine
Globo, 1h30.
Passa na quinta o preferido dos votantes:
"MacArthur, o General Rebelde (1997, de
Joseph Sargent, com Gregory Peck, Ed
Flanders) ou "A Cor Púrpura" (1985, de
Steven Spielberg, com Danny Glover,
Whoopi Goldberg).
Os Maiorais - Nos Bastidores do
Sucesso
SBT, 2h50.
(The Rat Pack). EUA, 1998, 120 min.
Direção: Rob Cohen. Com Ray Liotta, Joe
Mantegna, Deborah Kara Unger. "Rat
Pack" era o nome do grupo de amigos
composto por Frank Sinatra, Dean
Martin, Sammy Davis Jr., Joey Bishop e
Peter Lawford, famosos não só por suas
atividades profissionais como por
ligações com a Máfia. É disso que tenta
dar conta este filme, bem pobremente.
Só para São Paulo.
(IA)
Um convite à sociabilidade
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
A grife Dogma já era apenas isso, uma grife, quando
Lone Scherfig realizou "Italiano para Principiantes"
(Telecine Emotion, 1h10),
com Anders W. Berthelsen.
E na verdade não tem a
menor importância o filme
pertencer ao movimento
Dogma ou não, já que estamos aqui diante de uma comédia romântica bem simpática sobre pessoas que, na
Dinamarca, encontram-se
num curso de italiano.
E por que italiano? Parece
que existe uma oposição
completa entre Dinamarca
e Itália, em termos de sol, de
humor, de espírito. A Itália
funciona então como signo
de latinidade.
Há outro aspecto. Cursos
de línguas são bons lugares
de paquera, talvez porque
todos se dispam um pouco
do que são, se abram ao outro. Talvez o filme funcione,
também, sobretudo, como
convite à sociabilidade.
DOCUMENTÁRIO
Especial sobrevoa exemplos de estupidez
NAIEF HADDAD
EDITOR-ASSISTENTE DA ILUSTRADA
Nos anos 60, Roberto Carlos
-que se apresenta sábado no Pacaembu- lançou "Sua Estupidez" ("sua estupidez não lhe deixa
ver que eu te amo..."). Também
eram tempos do "Estúpido Cupido", de Celly Campello.
Mas não é essa linha de vertigem romântica que segue Abert
Nerenberg, diretor do documentário "A Estupidez Humana", que
estréia hoje no GNT. Nesse caso,
trata-se mesmo de ignorância,
idiotice, grosseria. Nerenberg
parte do princípio que esses substantivos se alastram mundo afora,
mas pouco são analisados, portanto vamos a eles. Idéia estúpida?
Talvez. Não se encara um tema
tão abrangente em apenas uma
hora sem estragos pelo caminho.
O documentário sobrevoa os
"reality shows", os programas cômicos (com destaque pra "Jackass", da MTV), os filmes de
Hollywood (Adam Sandler é a vítima), a mídia, a política e os discursos apoteóticos... Para isso, o
diretor lança mão de 21 ditos especialistas no tema, cujos depoimentos esfarelam qualquer intenção de unidade -muitos falam,
pouco fala cada um. E dá-lhe piadinhas de Michael Moore e comentários de Noam Chomsky (a
propósito, não há outras vozes na
esquerda norte-americana?)
Há bons achados, no entanto. O
melhor deles é a entrevista com
Trevor Strong, autor de "Ignorance is Bliss" (algo como "Ignorância É uma Bênção"). Em pose de
intelectual descolado, sem titubear, Strong defende que o sujeito
"quando pensa, causa mal a si
mesmo" e que a "inteligência conduz a problemas". Entre os "sete
mandamentos" estampados na
capa do seu livro, estão: "construa
muros para separar você dos outros" e "evite desafios". Como um
guru, Strong tem seus seguidores.
A conclusão é o melhor do filme, mas não merece ser revelada.
Diga-se apenas que a soma de
Bush e estupidez não é tão simples como dois e dois são quatro.
A ESTUPIDEZ HUMANA. Quando: hoje,
às 21h30 e às 4h30, amanhã, às 7h30 e
17h30, e dom., às 20h30 e 2h30, no GNT.
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