Ingressos para hoje já acabaram, mas músico faz apresentação no parque, no sábado

Porção jazzística do Tim Festival terá ainda presenças de Carla Bley, Stacy Kent e Esperanza Spalding; todas sobem ao palco amanhã

CARLOS CALADO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Nada de rappers falastrões nem DJs ou bandas pop com prazo curto de validade.
A noite de abertura do Tim Festival hoje, a partir das 20h30, no Auditório Ibirapuera, em São Paulo, terá como única atração o carismático saxofonista e compositor Sonny Rollins, uma das últimas lendas vivas do jazz. Os ingressos para a apresentação estão esgotados, mas será possível ouvir Rollins ao vivo, sem pagar nada, no sábado, às 11h, na área externa do Auditório Ibirapuera. Ele também toca na quinta, às 21h, na Marina da Glória, no Rio.
Ainda em boa forma, aos 78 anos, ele mantém acesa a chama criativa do hard bop, estilo que cultivou com outros gigantes do gênero, como Miles Davis (1926-1991), John Coltrane (1926-1967) e Clifford Brown (1930-1956), na década de 50.
Improvisador de alta estirpe, Rollins lançou em 1958 o álbum "Freedom Suite" (suíte da liberdade), que entrou para a história como um dos primeiros a encarar o jazz como veículo de protesto social.
Três jazzistas norte-americanas de destaque na cena atual apresentam-se amanhã, em São Paulo, também com ingressos esgotados.
Carla Bley, pianista e compositora de peças inventivas que a aproximam da vanguarda, toca acompanhada do quinteto Lost Chords, no qual se destaca o baixo elétrico do virtuose Steve Swallow.
Com um delicado timbre vocal que lembra o de uma garotinha, a cantora Stacey Kent vai se apresentar pela primeira vez no Brasil. Seu repertório combina standards do jazz com releituras de alguns hits da MPB e da música pop das décadas de 60 e 70.
A talentosa baixista e cantora Esperanza Spalding já esteve por aqui, há dois anos, na companhia do cubano Roberto Fonseca. Retorna agora com seu prestígio em alta, festejada pelos críticos como promissora revelação.