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Crítica
Filme de Sergio Leone dá lições de grandeza
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Já que a maior parte dos faroestes italianos se passa perto
da fronteira com o México, seria uma pena se Sergio Leone
não abordasse a Revolução Mexicana, tema caro ao faroeste
crepuscular (e que deu, por
exemplo, na obra-prima "Vera
Cruz", de Robert Aldrich).
Ele o fez em seu último faroeste, "Quando Explode a
Vingança" (TCM, 16h30), em
que Rod Steiger, disposto a assaltar um banco, une-se a James Coburn, um especialista
irlandês em explosivos.
Só que em vez de estourarem
o cofre do banco, eles terminam libertando os revolucionários presos e provocando a ira
das autoridades constituídas. A
partir daí (ou até antes), Leone
dá lições de grandeza -mesmo
num filme talvez menor, como
resultado.
Ainda hoje, há reprise, no canal HBO, do documentário
"Edgar G. Ulmer - O Homem
por Trás da Câmera" (22h). É
o oposto de Sergio Leone, de
certa forma: cineasta que sabia
tirar tudo de um filme pequeno. Mas o gênio é igual.
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