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Crítica
"Remakes" sinalizam esgotamento
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Talvez nossas experiências
tenham se esgotado, o que justifica após um "Homem Aranha" (TNT, 1h05; livre) se fazer outro "Homem Aranha" e
assim sucessivamente.
Ou ainda que depois do
"King Kong" original, de 1933,
se faça um outro, nos anos 70
do século passado, e agora mais
um, na primeira década deste
século (passa às 22h no Universal; livre). Na mesma balada,
"Godzilla", o monstro do pós-guerra japonês, reencarna em
versão blockbuster (no mesmo
Universal, 14h; livre).
A publicidade explica uma
parte disso: é mais fácil promover um produto conhecido do
que um original. Mas uma boa
parte dessas repetições ou
variantes se dá em torno de
produtos já experimentados
em outros meios. A HQ é o
principal deles. Existe ainda
uma quantidade infinita de "remakes" para TV de filmes célebres. Acima da publicidade, parece haver a esperança de
reviver experiências. Uma
Bienal vazia não seria, quem sabe, a comprovação de um
esgotamento?
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