São Paulo, Terça-feira, 21 de Dezembro de 1999


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OUTROS LANÇAMENTOS

Tom Jones
A Voz do outro lado do Atlântico se multiplica. Tom Jones mantém o verniz kitsch e põe a boca no mais rasgado pop neste "Reload" (Roadrunner), com duetos com Cardigans ("Burning Down the House" -Nina Persson e TJ incendeiam os Talking Heads), Stereophonics ("Mama Told me Not to Come" -décadas de pop de alma), Divine Comedy ("All Mine" -essa música foi feita para TJ, é fato), Robbie Williams ("Are You Gonna Go My Way" -que Lenny Kravitz o quê, TJ rocks) e outras surpresinhas. Tom Jones sabe embaçar a linha que separa o pop de estirpe da cafonália. Fácil. (MN)


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Skuba
O segundo CD do grupo Skuba, "À Moda Antiga", é um reflexo do modismo da metade desta década que não pegou como devia: o ska pop. Skamundongos, Charlie Brown Jr., Skank e tantos outros tentaram. Os que sobreviveram (comercialmente falando) foram aqueles que levaram mais o pop do que ska a sério. O Skuba fica na segunda categoria. O CD é meio bacana, ou seja, das doze faixas, metade se aproveita. Há baladas espertas ("O Tempo Vai Passar"), participação de Thaide ("Endividado") e versão correta para Chico Science ("A Praieira"). Na outra parte, canções com letras duvidosas, como "Rainha da Praia" ("Olha a loira, que avião/ Pra toda aquela areia, falta caminhão"). (RODRIGO DIONISIO)

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Olodum
Uma das mais importantes bandas percussivas do país faz aniversário. Para comemorar, lança "A Música do Olodum - 20 Anos". Até aí, tudo muito justo. O que nem é tão correto assim, pelo menos para a história do Olodum, é chamar para essa comemoração só os ícones chatos e previsíveis da "baianidade musical". Estão lá Ivete Sangalo, em "Rosa"; Caetano Veloso, em "Lua de São Jorge"; e o "adotado" Jimmy Cliff, na milésima reinterpretação de "No Woman No Cry". Até Toni Garrido aparece, meio deslocado, em "O Reggae Não Pode Parar". Seria muito mais legal (e divertido) se essa festa tivesse menos convidados e mais batuque, que ficou abafado por tanto penduricalho. (RD)

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Elvis Costello
Sujeitos dos mais bacanas do rock depois do punk, Elvis Costello é incensado agora com bela coletânea, esta "The Very Best of" (Universal). O jovem Costello, o nerd da new wave, é muito melhor que o senhor Costello, esse da sonífera parceria com o dândi Burt Bacharach ou da trilha de "Notting Hill". As canções do poeta pop inglês com a banda The Attractions, as do final dos 70, já valeriam o disco. Mas as devastadoras baladas "I Wanna Be Loved" e "Everyday I Write the Book" tornam o CD obrigatório. Bom presente de Natal, se você pretende devastar uns corações. (LÚCIO RIBEIRO)


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