São Paulo, terça-feira, 21 de dezembro de 2010

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"Do que cantam, 90% é amor", conta Coutinho

DO ENVIADO AO RIO

Quatro anos atrás, quando filmou "Jogo de Cena", um anúncio nos classificados serviu para que Eduardo Coutinho angariasse 78 pessoas para participar do filme. Pedia-se que tivessem uma história para contar.
Desta vez, passadas duas semanas da convocatória, o voluntariado era parco. O cineasta atribui o baixo quorum à timidez. "Já ouvi intimidades que você nem imagina, mas gente que cante é mais difícil de achar."
Coutinho falou à Folha no escritório da produtora VideoFilmes. (Pessoas interessadas em participar do filme podem enviar vídeos cantando e contando uma história para o e-mail canteconte@gmail.com).

 


Folha - Por que um filme sobre música? Eduardo Coutinho - Nos meus documentários, todo mundo que citava uma música eu pedia para cantar.

O senhor escuta música?
Conheço alguma coisa do Bob Dylan, do Joe Cocker e da Aracy de Almeida. Mas, desde que inventaram o CD, não ouço mais nada. E também não leio sobre o assunto. O crítico de música é uma espécie rara. Sabe que o sujeito cantou a música tal, no ano tal, usando a cueca tal.

Os personagens do filme terão de cantar bem?
Sim. Eu quero que cantem. O complemento é o "conte". Agora, 90% das músicas é sobre amor, não tem saída. E quase tudo Roberto Carlos. Ainda quero fazer um filme só sobre músicas do Roberto Carlos.

Que outros compositores surgiram?
Até agora, ninguém citou Caetano Veloso ou Chico Buarque. Bossa Nova cantou um americano, que conhecia por causa do Frank Sinatra (1915-1998).

O senhor tem uma música que marcou sua vida?
Não. Eu canto muito mal.


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