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DOCUMENTÁRIO
Especial analisa impacto social dos games
DA REPORTAGEM LOCAL
Aqueles que se sentaram pela
última vez diante de um televisor
para jogar "Pac Man", o famoso
cartucho do Atari, vão se surpreender com o panorama apresentado, 20 anos depois, em "A
Vida em Videogame", que o canal
da TV paga GNT exibe nesta
quinta, às 21h30.
Mais que uma indústria bilionária, que já ultrapassou em vendas
as bilheterias do cinema de Hollywood, os jogos eletrônicos se tornaram a principal porta de entrada para a realidade virtual. Jogos
como "Fables" (Fábulas), retratados no programa, extrapolam a
noção de entretenimento preguiçoso e exigem dos participantes
não só habilidade técnica, mas
moral e psicológica.
Uma nova realidade também
começa a ser desenhada quando
jogadores do mundo todo se enfrentam nas chamadas olimpíadas de games, diante de um público digno de final de Copa do
Mundo. Na Coréia do Sul, os atletas de games são disputados por
patrocinadores e seus contratos
milionários e distribuem autógrafos como astros do esporte ou da
música pop.
Mas não é apenas nisso que "A
Vida em Videogame" está interessado. Mais da metade do documentário dedica-se aos possíveis
efeitos negativos dos jogos eletrônicos, em especial, no papel que
teve o RPG on-line "EverQuest"
no suicídio do americano Shawn
Woolley, que se matou três anos
atrás, aos 21, diante da tela do
computador. A mãe do rapaz acusa os criadores do jogo de terem
induzido seu filho ao "vício" -na
Coréia do Sul, cenas impressionantes mostram uma mulher resgatando, a tapas, em uma lan-house, o marido que havia dias
não voltava para casa.
Em contraste ao tom sensacionalista que o programa vai tomando, um psicólogo pondera:
os videogames, como a televisão,
representam uma fuga da realidade. A pergunta a ser feita é por
que, cada vez mais, as pessoas não
estão querendo enfrentar a realidade.
(DIEGO ASSIS)
A VIDA EM VIDEOGAME. Quando:
quinta-feira, às 21h30, no GNT.
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