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Cantora faz "verborragia feminina"
Argentina Sol Pereyra faz amanhã último show da turnê em SP, em que apresenta o primeiro disco solo
MARCOS GRINSPUM FERRAZ
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
"É como botar uma mulher
em cena, uma música de fundo,
e deixar que ela fale. Que fale
até que se canse." Essa é a ideia
que a argentina Sol Pereyra, 32,
diz estar por trás de seu novo
disco e dos shows de sua turnê
brasileira. "Uma verborragia
feminina", como diz, que destila tanto humor como rancor e
ressentimento.
Não é à toa que o disco se chama "Bla Bla Bla". "Nós, mulheres, em geral falamos muito.
Queremos solucionar tudo falando." A música de fundo, no
caso, mistura sonoridades do
pop e do rock latinos com influências de hip hop e reggae.
A cantora mostra esse repertório próprio amanhã, no Studio SP, na última de suas apresentações em São Paulo. Depois, parte para Presidente
Prudente (SP) e Goiânia (GO).
No show, a banda é formada
por Sol -que canta, toca violão
e trompete-, um guitarrista e
um tecladista. Assim como no
álbum, baixo e bateria ficam
por conta de programação em
computador.
Se a "verborragia" em espanhol pode ser de difícil compreensão para o público brasileiro, se destacam na apresentação músicas mais dançantes
como "Reggaetonta", que parodia sob a ótica feminina o reggaeton -gênero muitas vezes
identificado como machista.
Além de cantora, compositora e multi-instrumentista, a argentina, que vive na cidade de
Córdoba, tem carreira como
atriz e diretora de teatro. "Sim,
de tudo um pouco. É preciso viver, ter o que comer", brinca.
"Mas, no momento, a prioridade é a música, principalmente a
carreira solo", diz ela, que também toca na banda Los Cocineros desde 2001 e participa de
projetos da cantora mexicana
Julieta Venegas.
SOL PEREYRA
Quando: amanhã, às 21h
Onde: Studio SP (r. Augusta, 591,
tel. 0/xx/11/3129-7040)
Quanto: entrada franca
Classificação: 18 anos
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