|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PÁSSAROS FERIDOS
Antony and the Johnsons, Bright Eyes, Willy Mason e Joanna Newsom conquistam crítica e paradas
Novas caras estampam rock "pós-teen"
DA REPORTAGEM LOCAL
Lou Reed tem grande culpa no
descobrimento de Antony and
the Johnsons, mas os confetes não
caem apenas sobre o ex-Velvet
Underground. Se o rock agora
destina ouvidos a cantores que
bebem no folk e em Dylan, muito
se deve ao furacão Bright Eyes.
Com apenas 25 anos, Conor
Oberst, que assina seus discos como Bright Eyes, voltou a mídia
norte-americana para o rock
"pós-teen" do país ao lançar, simultaneamente, no início deste
ano, os elogiados álbuns "I'm Wide Awake It's Morning" e "Digital
Ash in a Digital Urn". Os CDs entraram no top 20 da "Billboard", e
Oberst conseguiu a proeza de encaixar, na mesma semana, singles
no primeiro e no segundo lugares
da parada dos Estados Unidos.
E, se Anthony and the Johnsons
tem como mentor Lou Reed, o jovem Willy Mason, 20, se espelha
em Conor Oberst. Mason, que começou a empunhar uma guitarra
aos 11 anos, tocando com sua família, foi descoberto por Oberst,
que lançou seu álbum de estréia,
"Where the Humans Eat", por seu
selo Team Love -Mason tinha
acabado de se formar no colegial.
Puxado pelo single "Oxygen" e
por vigorosas apresentações em
pequenos shows pelo Reino Unido, Mason ganhou projeção e o
disco foi relançado na Europa pela major Virgin. Após participar,
no ano passado, do lendário festival South by Southwest, no Texas,
o jovem cantor foi escalado para
os grandes T in the Park (Escócia)
e Glastonbury (Inglaterra).
Mason está ultrapassando os limites do folk. Já virou figurinha
fácil em rádios britânicas, como a Xfm e a Radio 1.
Harpa e rock
Ela tem apenas 23 anos, participa de uma banda de rock e, sozinha, lançou um álbum ("Milk-eyed Mender"; 2004) em que canta e toca... harpa.
Nascida em San Francisco,
Joanna Newsom é filha de músicos e, assim como Antony e Willy
Mason, ganha elogio de gente
grande; Wil Oldham a considera
uma de suas compositoras favoritas. As letras de Newsom, que toca
teclado na banda The Pleased,
funcionam muitas vezes como
pequenas histórias, que ganham
um toque insólito com o acompanhamento de harpa.
Em turnês pela Europa e pelos
EUA, Newsom levou consigo um
conterrâneo de 22 anos: Micah
Hinson, que canta com forte
emoção músicas que, em geral, se
apóiam em letras sobre perda e
solidão.
Dono de uma voz singular, Hinson lançou no mês passado um
elogiado álbum, "Micah Hinson
and the Gospel of Progress".
(THIAGO NEY)
Texto Anterior: Tatuagem Próximo Texto: Canções de Antony habitam submundo de NY Índice
|