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memória
Versão dos anos 70 tinha 800 crianças
DA REPORTAGEM LOCAL
A idéia de criar uma versão brasileira da "Vila Sésamo" foi de José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o
Boni, então todo-poderoso da Globo, segundo o
"Dicionário da TV Globo".
Como na época a emissora
não tinha estúdios para a
gravação, selou uma parceria com a TV Cultura.
O infantil foi produzido
e veiculado pelos dois canais de 1972 a 1974. Depois
disso, ficou no ar apenas
na Globo, até 1977.
Um dos motivos do fim
do programa foi o elevado
custo de produção. Em sua
reta final, além do elenco
central (Sônia Braga, Armando Bogus, Aracy Balabanian e outros), contava
com uma equipe de 350
profissionais e teve participação de 800 crianças.
O responsável pela negociação desta segunda
versão brasileira, Marcos
Amazonas (diretor de relações internacionais da
TV Cultura), trabalhou na
antiga. Começou aos 17,
como assistente de produção. Quando o infantil saiu
do ar, era vice-diretor da
divisão de educação da
Globo. Ele conta que há
mais de um ano, quando
entrou em contato pela
primeira vez com a Sesame Workshop, a organização pediu US$ 3 milhões
para desenvolver uma
adaptação brasileira.
A idéia inicial, que não
agradava à Cultura, era
realizar uma co-produção
com a TV Futura, canal
educativo da Fundação
Roberto Marinho.
Amazonas passou a enviar à Sesame as produções infantis da Cultura,
especialmente o "Cocoricó", também de bonecos, a
fim de convencê-los a fechar acordo de co-produção. A Sesame, diz, acabou
concordando em realizar
uma parceria sem o pagamento de um aporte inicial. Após a assinatura do
contrato, Amazonas e outros seis profissionais da
Cultura foram à Sesame
Workshop, nos EUA, onde
se reuniram com produtores, pedagogos e roteiristas do programa.
(LM)
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