São Paulo, domingo, 22 de abril de 2007

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memória

Versão dos anos 70 tinha 800 crianças

DA REPORTAGEM LOCAL

A idéia de criar uma versão brasileira da "Vila Sésamo" foi de José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, então todo-poderoso da Globo, segundo o "Dicionário da TV Globo". Como na época a emissora não tinha estúdios para a gravação, selou uma parceria com a TV Cultura.
O infantil foi produzido e veiculado pelos dois canais de 1972 a 1974. Depois disso, ficou no ar apenas na Globo, até 1977.
Um dos motivos do fim do programa foi o elevado custo de produção. Em sua reta final, além do elenco central (Sônia Braga, Armando Bogus, Aracy Balabanian e outros), contava com uma equipe de 350 profissionais e teve participação de 800 crianças.
O responsável pela negociação desta segunda versão brasileira, Marcos Amazonas (diretor de relações internacionais da TV Cultura), trabalhou na antiga. Começou aos 17, como assistente de produção. Quando o infantil saiu do ar, era vice-diretor da divisão de educação da Globo. Ele conta que há mais de um ano, quando entrou em contato pela primeira vez com a Sesame Workshop, a organização pediu US$ 3 milhões para desenvolver uma adaptação brasileira.
A idéia inicial, que não agradava à Cultura, era realizar uma co-produção com a TV Futura, canal educativo da Fundação Roberto Marinho.
Amazonas passou a enviar à Sesame as produções infantis da Cultura, especialmente o "Cocoricó", também de bonecos, a fim de convencê-los a fechar acordo de co-produção. A Sesame, diz, acabou concordando em realizar uma parceria sem o pagamento de um aporte inicial. Após a assinatura do contrato, Amazonas e outros seis profissionais da Cultura foram à Sesame Workshop, nos EUA, onde se reuniram com produtores, pedagogos e roteiristas do programa. (LM)


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