São Paulo, quinta-feira, 22 de abril de 2010

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Crítica

Sushibol abre filial em Perdizes com opções à la carte, para além do rodízio

JOSIMAR MELO
CRÍTICO DA FOLHA

D iante da enxurrada de rodízios de sushi, é sempre um alívio encontrar restaurantes onde existam de verdade opções à la carte, como o Sushibol. Ou que concebam a oferta de uma refeição em sequência não como um rodízio, mas como um menu-degustação, uma sucessão de pratos com começo, meio e fim, no lugar de uma oferta aleatória e rotativa. Essa é a intenção do restaurante, cuja matriz remonta ao ano de 2004, quando abriu o primeiro endereço em Pinheiros (o que abre agora é a filial de Perdizes) já sob a direção dos atuais sócios. São eles Ernesto Bitran, 35, empresário na área de segurança, e o sushiman Danilo Miyabara, 40, que trabalha na área de 1982 até a abertura do primeiro Sushibol. Atenção, para o bem ou para o mal, o Sushibol serve também o rodízio. Eles o chamam de "Bol Gourmet" e é aquela coisa: algum sushi e sashimi, alguns enrolados no estilo Califórnia, e vários itens quentes (guioza de frango, missoshiro, yakisoba, tempura de legumes). Ao menos há um ou outro peixe (robalo, olho de boi) além do triunvirato "salmão, atum e peixe branco". Mas há também a opção de um menu com alguma surpresa: o omakasê, onde a sequência de pratos pode, em tese, variar a cada dia. Nele virão itens como carpaccio de peixe temperado com suave acidez, um creme de cogumelos recoberto por leve massa folhada assada no forno (daqueles que, ao perfurar a massa, liberam nuvens de vapor e aroma), uma variedade de sushis sem maior decepção, tudo podendo ser conversado com o chef para atender aos caprichos do cliente. O lugar é pequeno e possibilita essa comunicação saudável entre as mesas e o balcão, embora não exista, a rigor, o típico balcão de sushi, onde sentamos e acompanhamos cada reflexo da faca do sushiman. Mas, mesmo de longe, é possível pedir suas preferências. É o caso, por exemplo, de aproveitar para evitar certos preparados mais pesados que são, no entanto, orgulho da casa, como o exuberante dragon roll, um enrolado em cujo formato de dragão estão embutidos lagostins ou camarões com abacate, maionese, pimenta e molho tarê. Devagar com o andor. josimar basilico.com.br


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