São Paulo, quinta-feira, 22 de maio de 2008 |
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Mônica Bergamo @ - bergamo@folhasp.com.br ARQUITETURA
"Racismo, discrimin ação e desrespeit o" geram confusão na Casa Cor
A organização da Casa Cor
São Paulo fez uma nota oficial
para esclarecer o episódio em
que um segurança teria sido
chamado de "macaco" por um
dos participantes do evento, o
maior de decoração do país. "A
Casa Cor tomou conhecimento
do caso ocorrido, durante a
montagem do evento, com a arquiteta Ana Maria Guimarães
de Vieira Santos", diz a nota,
enviada ontem por e-mail à coluna por Daniela Filomeno, diretora de comunicação e conteúdo da Doria Associados, que
organiza a mostra de decoração, no Jockey. "A Casa Cor não
concorda e condena qualquer
atitude que implique em racismo, discriminação e desrespeito ao ser humano."
A nota, que ontem circulou entre arquitetos que participam do evento, teve o mesmo efeito de uma bomba, já que aponta Ana Maria Vieira Santos, uma das mais badaladas profissionais da cidade, como protagonista do "caso ocorrido" de "racismo, discriminação e desrespeito". Dias atrás, Ana Maria teve um entrevero com outra arquiteta, Mariana Albuquerque, filha do cirurgião plástico Pedro Albuquerque, por causa de um muro que separava o ambiente que cada uma delas construiu na Casa Cor. O muro chegou a ser derrubado e reconstruído. Na confusão, um segurança teria sido xingado. À coluna, Ana Maria negou que tenha chamado um segurança de "macaco". "Eu estou com cliente agora, não posso falar nesse assunto agora", disse, num primeiro momento. A coluna insistiu: "Não, não foi, nem ela [Mariana Albuquerque], nem uma nem outra [xingou o segurança]". Mariana nega enfaticamente que tenha participado do episódio. "Ela nem estava na Casa Cor neste dia", diz o sócio de Mariana, Guilherme Ommundsen. A organização do evento diz também, na nota, que "são 3.200 pessoas trabalhando na Casa Cor entre arquitetos, paisagistas, decoradores, eletricistas, seguranças, pedreiros, encanadores, engenheiros, limpeza, equipes de apoio, entre outros profissionais que trabalham em harmonia e formam um time de profissionais que possibilita o êxito do evento". XADREZ O deputado federal José Pimentel (PT-CE) pode substituir o ministro Luiz Marinho (PT-SP) no comando do Ministério da Previdência. Em junho, Marinho deixa o cargo para disputar a prefeitura de São Bernardo do Campo. Em 2003, Pimentel foi relator da reforma da Previdência apresentada pelo governo Lula. MEIO CAMINHO "Pimentel é um ótimo nome", diz um dos ministros mais próximos do presidente Lula. A deputados amigos, no entanto, Pimentel já afirmou que tem "50%" de chance de ser ministro. Isso porque no próprio PT há outros candidatos ao cargo. Um deles é o atual secretário-executivo do ministério, Carlos Eduardo Gabas - que tem a simpatia de Ricardo Berzoini (PT-SP), presidente do PT. POR ENQUANTO Já a candidatura de Antonio Palocci Filho (PT-SP) a um cargo no ministério esbarra no fato de o STF (Supremo Tribunal Federal) ainda não ter decidido se aceita ou não denúncia contra ele no caso da quebra do sigilo do caseiro Francenildo. NATA Palocci também foi cotado nesta semana para coordenar a campanha de Marta Suplicy à Prefeitura de São Paulo. Mas, até ontem, ele não havia assumido o "posto". E a equipe da pré-campanha da ministra nega que assumirá um dia. "Palocci pode ajudar mais trabalhando nos bastidores", diz um petista "martista". O ex-ministro tem trânsito direto com Lula, com Marta, com João Santana, que fará a campanha de TV -e com a nata do empresariado de São Paulo. NÃO PERTURBE A venda do hotel Crowne Plaza (que deixará de funcionar no dia 28) para o Ministério Público Federal deve ser fechada na próxima semana. Uma cláusula de confidencialidade impede que o dono do empreendimento, Nelson Baeta Neves, se manifeste sobre o negócio. "Ainda não está nada assinado, não recebi dinheiro algum", limita-se a dizer. COLOSSO JAPONÊS A escola de samba Unidos de Vila Maria, de São Paulo, está construindo o carro alegórico mais alto da história, mas não vai usá-lo no Carnaval. O veículo, de 180 m, deve encerrar o evento comemorativo do centenário da imigração japonesa, no Sambódromo, no dia 21 de junho. O príncipe herdeiro do Japão, Naruhito, estará no Anhembi. A ESTUDANTES, INTEIRA Contrariando a lei do consumidor, o Via Funchal não está vendendo meia-entrada para o setor especial (em frente ao palco), que custa R$ 400, para o show de Joss Stone, no dia 16 de junho. Atendentes de compras por telefone da casa informam que "ingressos para este setor só podem ser comprados pela internet". Só que meia-entrada é vendida apenas na bilheteria. MEIA OU MULTA Segundo o Procon, o Via Funchal não pode limitar a venda de meia-entrada por setor. A assessoria de imprensa da Mondo Entretenimento, que está trazendo o show para o Brasil, diz que "o ingresso deveria estar sendo disponibilizado também como meia-entrada". O Via Funchal diz estar apurando o fato. CURTO-CIRCUITO O FILME "O SIGNO DA CIDADE", de Carlos Alberto Riccelli, recebe o prêmio Cidadania em Respeito à Diversidade, promovido pela Associação da Parada do Orgulho GLBT de SP. O ARTISTA PLÁSTICO Antonio Helio Cabral abre hoje a mostra "Entrecaras", na Galeria Art Lounge em Lisboa. A GALERIA ROMERO BRITTO e o empresário André Almada, da boate gay The Week, promovem hoje uma ação beneficente em prol do projeto "Crianças Aids", nos Jardins. A JAZZ SINFÔNICA faz concerto amanhã e no sábado com a violinista Regina Carter, no Auditório Ibirapuera. Classificação livre. com DIÓGENES CAMPANHA E DÉBORA BERGAMASCO Texto Anterior: Crítica: Bressane faz paródia de Hollywood Próximo Texto: "Continuo um otimista", diz Zuenir Índice |
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