São Paulo, domingo, 22 de maio de 2011

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MACCA É 10!

Galã de uma banda de rock há 50 anos, Paul McCartney é hoje uma lenda viva que faz turnês para dar aos fãs o privilégio de vê-lo

THALES DE MENEZES
ENVIADO ESPECIAL AO RIO

Paul McCartney volta ao Brasil. Desta vez, ao Rio de Janeiro preterido em sua visita do ano passado, que teve shows em Porto Alegre e São Paulo. Com seu repertório de hits dos Beatles, deve outra vez correr para o abraço.
Mais do mesmo? Sim, provavelmente não haverá nenhuma grande surpresa esta noite no Engenhão, nem amanhã, em sua segunda e última data fluminense.
Os ingredientes vão se repetir: o set list, as brincadeiras em português claudicante e a emoção dos fãs.
Ver um beatle de perto (ou de longe, dependendo do preço pago pelo ingresso) é algo extraordinário em qualquer lugar do planeta.
Na semana passada, chilenos e equatorianos engrossaram a audiência da Up and Coming Tour, iniciada em março do ano passado.
O show de hoje será o 36º da turnê, e o Rio é a 29ª cidade visitada, em 12 países. Depois, ele canta em Las Vegas (EUA), no dia 10 de junho.
O ritmo de apresentações não é intenso. Paul chega a ficar 12 dias fazendo turismo entre um show e outro. Viaja com a futura terceira mulher, Nancy Shevell, 51, e amigos.
O veterano roqueiro milionário que não desiste da vida na estrada é mais uma faceta do galã dos Beatles. Entre esses dois personagens, Paul já personificou vários outros.
Do compositor pop genial, talvez o maior de todos, ao homem de negócios que comandou a última fase do Beatles no fim dos anos 1960.
Da deturpada imagem de beatle mais "certinho" (em oposição ao perturbado e também genial John Lennon) ao homem que reagiu com bom humor diante de sua prisão por porte de drogas.

PROCURANDO AMIGOS
Em todas essas caras, o denominador é seu caráter gregário. Paul não gosta de ficar sozinho. Apareceu a chance e lá está ele casando de novo, formando banda, indo para a estrada quando a idade e a conta bancária não exigem.
Ele quer amigos. Qualquer outra pessoa que se aproximasse de Michael Jackson nos anos 1980 poderia ser chamado de aproveitador. Paul, não. Não tinha nada a ganhar com isso, mas virou amigo íntimo de Jacko.
Até Yoko Ono, aquela que toda a mídia insistiu em tratar como seu grande desafeto, se tornou parceira de empreitadas musicais e sociais.
Mais do que tudo, Paul parece querer carinho. Sobe no palco, como o de hoje à noite, no Engenhão, dando tudo o que seu público espera: os hits para cantar junto, o sorriso ainda infantil no rosto já ajeitado por bisturis e a sensação de ser um deus concedendo alegria a seus fiéis.


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