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FILMES
A Casa Inteligente
SBT, 14h30.
(Smart House). EUA, 1999, 90 min.
Direção: LeVar Burton. Com Katey Sagal,
Ryan Merriman. Família ganha concurso
e, com ele, o direito de viver em Pat, a
casa inteligente. Um desarranjo a
deixará fora de controle.
Volta por Cima
Globo, 15h50.
(Get over It). EUA, 2001. Direção: Tommy
O'Haver. Com Kirsten Dunst, Ben Foster.
Rapaz leva um fora da namorada e tenta
reconquistá-la. Com o tempo, irá se
interessar pela irmã de um amigo.
Inimigo do Estado
SBT, 22h30.
(Enemy of the State). EUA, 1998, 150
min. Direção: Tony Scott. Com Will
Smith, Gene Hackman. Advogado recebe
fita de um amigo que logo em seguida é
assassinado. É dor de cabeça na certa: na
fita está registrado o assassinato de um
senador. Todo mundo quer o
documento, e o advogado acaba sendo
incriminado pelos responsáveis pelo
crime ali registrado. Na árdua tarefa de
demonstrar sua inocência, será ajudado
por ex-agente de inteligência.
Intercine
Globo, 1h30.
Dois dramas envolvendo penitenciária
estão na berlinda: "O Segredo" (1996, de
James Foley, com Chris O'Donnell, Gene
Hackman) e "As Oito Condenadas"
(2000, de Janet Meyers, com Brett Cullen,
Robin Givens).
Policial por Acaso
SBT, 2h45.
(Off Beat). EUA, 1986, 90 min. Direção:
Michael Dinner. Com Judge Reinhold,
Meg Tilly, Harvey Keitel. Um pacífico
bibliotecário toma o lugar de seu amigo
policial durante uma festa. Seu encontro
com uma detetive abre a ocasião para
esta comédia romântica.
Busca Frenética
Globo, 3h30.
(Frantic). EUA, 1988, 103 min. Direção:
Roman Polanski. Com Harrison Ford,
Emmanuelle Seigner, John Mahoney.
Durante viagem a Paris, o médico Ford se
vê às voltas com o súbito e misterioso
desaparecimento de sua mulher
(Seigner). Encontrá-la implica envolver-se numa aventura cheia de perigos. Num
"thriller" à moda de Hitchcock, Polanski
não passa vergonha: o filme tem ação e
prende o interesse. Mas daí ao brilho de
Hitchcock (e mesmo de certos outros
filmes de Polanski) vai certa distância.
Em todo caso, há ali a beleza de Seigner,
que é um caso sério.
O Meu Melhor Companheiro
SBT, 4h25.
(Old Yeller). EUA, 1957, 83 min. Direção:
Robert Stevenson. Com Dorothy
McGuire, Fess Parker, Jeff York. Menino
traz para casa um cachorro que encontra
na rua com péssimas referências, pois é
velho, feio e bagunceiro. Mas o menino
seduzirá o cão, e o cão seduzirá a família.
Infantil realizado por especialista no
gênero.
(IA)
"Os Outros" e o terror sugerido
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Em uma antologia da literatura fantástica, Borges e
Bioy Casares selecionaram
um texto de Swedenborg
sobre o mistério da morte.
Vale a pena ler o texto antes ou depois de assistir a
"Os Outros" (Cinemax,
22h), dirigido por Alejandro Amenábar.
Chileno de carreira espanhola antes de seguir para
os EUA, Amenábar ocupa-se aqui de uma estranha
mulher (Nicole Kidman)
que, com os delicados filhos
(extremamente sensíveis à
luz), espera o retorno do
marido, que foi à guerra.
Os americanos costumam
comparar este filme a
Hitchcock, e creio que nunca saberei por quê. Parece-me que mais pertinente seria aproximá-lo da série de
terror de Val Lewton para a
RKO, nos anos 40, que introduziu o terror da sugestão. É nessa linha que o filme segue. E bem.
DOCUMENTÁRIO
"Surplus" disseca sociedade de consumo
ALESSANDRA KORMANN
DA REPORTAGEM LOCAL
A sociedade de consumo destruiu o planeta. Milhares de jovens saem às ruas para protestar e
tentar impulsionar a mola da história em um sentido mais justo.
Mas por que tanta raiva?
Esse é o mote do documentário
"Surplus" (Supérfluo), dirigido
pelo sueco Erik Gandini, que o
GNT exibe na quinta-feira. O filme, premiado no Festival de Documentários de Amsterdã do ano
passado, critica de maneira corrosiva o consumismo dos tempos
modernos em seus pilares.
Imagens de pessoas dormindo
em frente aos seus computadores
são intercaladas com os urros de
Steve Ballmer, CEO da Microsoft,
todo suado, correndo pelo palco
em uma palestra para funcionários, berrando: "Eu amo esta empresa! Yeah!".
"Consuma só o necessário", diz
Fidel Castro, em um discurso.
Mas o que é o necessário? Uma
garota cubana fala sobre seu deslumbramento em uma viagem à
Europa, enquanto vemos as prateleiras vazias em Cuba. "Eu não
parava de trocar os canais da TV e
de comer Big Macs. Meu corpo
pedia mais." Um jovem de 19
anos, que ficou milionário com a
indústria da informação, diz que
odeia o dinheiro e não sabe o que
fazer com ele. Sente-se vazio.
Mas é possível comprar prazer,
mostra o filme. Bonecas de plástico para fins sexuais são produzidas com tecnologia hollywoodiana. Os seios de silicone flexível e
apalpável prometem o tesão. Custam de US$ 6.000 a US$ 7.000.
"Inconseqüência não é protestar, e sim arrumar um emprego e
entrar no sistema", diz o cientista
político John Zerzan, um dos inspiradores do movimento antiglobalização. Para ele, quebrar vitrines de redes de fast food não é violência. "Protestar carregando faixas nunca adiantou."
O documentário foca os protestos durante a reunião de cúpula
do G8 em Gênova, em 2001, quando o ativista Carlo Giuliani foi
morto pela polícia. "Property damage" (danos à propriedade): a
frase é martelada durante o documentário, em ritmo de videoclipe.
O objetivo é distorcer a realidade
e documentar uma impressão
subjetiva. Em "Surplus", George
W. Bush, Tony Blair, Jacques Chirac e Bill Gates soltam as mesmas
frases, na mesma língua do mal.
Não se sabe quem está falando,
mas pouco importa.
SURPLUS. Quando: qui. (dia 24), no GNT,
às 21h30.
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