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Mônica Bergamo
bergamo@folhasp.com.br
Fotos Mastrangelo Reino/Folha Imagem
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Débora Bloch recebe o carinho das jovens atrizes Izadora Armelin e Laura Neiva na pré-estreia de "À Deriva", em São Paulo
Luz acesa
O governo estuda uma
solução para que a
Eletrobrás pague os
dividendos que deve a
seus acionistas que pode
resultar numa
capitalização de
R$ 6 bilhões da estatal.
Pela fórmula, BNDES e
Tesouro, que têm R$ 8 bi
a receber, receberiam
R$ 2 bi em "cash" e o
restante em ações
preferenciais de uma
classe especial que
seriam lançadas pela
empresa.
LUZ ACESA 2
Os outros R$ 2 bilhões de dividendos para investidores privados seriam pagos no mesmo
pacote.
BOM HUMOR
Amigos e médicos que presenciaram a visita de Lula ao vice, José Alencar, no sábado, ficaram impressionados com o
bom humor do presidente ao
falar da crise no Senado. Entre
causos e piadas, Lula detalhou a
"bronca" que deu no senador
Eduardo Suplicy (PT-SP), que
no auge da crise defendeu o
afastamento de José Sarney
(PMDB-AP) da presidência do
Senado: "Ô, Suplicy, você acha
que alguém vai acreditar que
você, há quase 18 anos no Senado, não tinha ideia do que acontecia?" Médicos, presidente e
paciente caíram na gargalhada.
BRONCA
E Alencar continua surpreendendo os médicos que
tratam dele. Numa das reuniões que tiveram, em que os
doutores expuseram todas as
dificuldades que o vice-presidente enfrentaria com as cirurgias que fez recentemente,
Alencar ordenou: "Não quero
clima de velório. Quero um clima natalino!", argumentando
que as cirurgias o fariam, mais
uma vez, "renascer".
MERGULHO
Um dia depois de aceitar a
denúncia contra o banqueiro
Daniel Dantas, do Opportunity,
e de transformá-lo em réu com
mais 12 pessoas, o juiz Fausto
De Sanctis viajou de férias para
Águas de Lindoia, em SP.
NOTAAAAA... DEZ
As torcidas Mancha Alviverde, do Palmeiras, e Gaviões da
Fiel, do Corinthians, vão fazer
ações conjuntas para promover
a paz no clássico entre os times,
no domingo, em Presidente
Prudente. Haverá um concurso
para avaliar qual das agremiações faz a melhor festa no estádio, com julgamento dos quesitos "alegoria e adereços", "cantos", "animação" e "comportamento". O vencedor vai receber
um troféu da Federação Paulista de Futebol. As diretorias de
Gaviões e Mancha estudam viajar juntas para Prudente.
JUNTO E MISTURADO
As rádios de Presidente Prudente vão distribuir 200 ingressos para casais formados
por corintianos e palmeirenses.
Para retirar os bilhetes, cada
pessoa deve ir ao jogo usando a
camisa de seu time. As duplas
vão formar uma ala do estádio
em que os torcedores das duas
equipes estarão misturados.
CAIU NA REDE É LULA
Novo auxiliar de preparação
física do Santos, Luis Claudio
Lula da Silva, filho do presidente Lula, diz que o pai corintiano
agora vai torcer para o "Peixe"
-como fez quando ele trabalhava no Palmeiras. "Até o preto e branco [de Santos e Corinthians] é igual. Para quem torceu até para o Palmeiras, apoiar
o Santos é mais fácil."
PASSADO (ALVI)NEGRO
No filme "Entreatos", de
João Moreira Salles, sobre os
bastidores da campanha de
2002, por sinal, Luis Claudio
aparece com um casaco do Corinthians. "Passado a gente
tem. Mas hoje só torço para o
time em que trabalho", jura.
RAINHA DO ROCK
Rita Lee traz a SP o show do
CD "Multishow ao Vivo", em
que comemora 40 anos de carreira. Serão duas apresentações, nos dias 9 e 10 de outubro,
no Credicard Hall. Os ingressos
começam a ser vendidos hoje
para clientes Citibank, Credicard e Diners e, no dia 29, para
o público em geral.
MORANGO DO SUDESTE
Paulo Ricardo vai emprestar
o hit "Dois", dele e de Michael
Sullivan, para a trilha do filme
"Viajo Porque Preciso, Volto
Porque Te Amo", de Karim Aïnouz e Marcelo Gomes. A música será apresentada pelo maranhense Lairton dos Teclados,
famoso por sua versão da canção "Morango do Nordeste".
RUBINHO DO BRASIL
Rubinho Barrichello chega
em primeiro. Vai entrar na próxima edição do "Guinness" como o piloto que mais participou
de largadas da Fórmula 1. Chegou ao recorde de 257 corridas
em junho de 2008. O livro sai
em outubro, pela Ediouro.
HEITOR DHALIA
"Venho buscando um diálogo
maior com o público"
Primeiro resultado da parceria entre o estúdio americano
Universal e a produtora O2, de
Fernando Meirelles, encerrada
recentemente, o filme "À Deriva", exibido em Cannes, teve
pré-estreia anteontem em SP. O
diretor Heitor Dhalia, que acaba
de abrir um escritório da produtora francesa Celluloid Dreams
no Brasil, diz que saiu da O2
porque "tem uma hora em que
você quer ser independente, dono das próprias decisões. Não
houve atrito, nem conflito. Mas
estava na hora". Ele falou à coluna:
FOLHA - O diretor Daniel Filho disse
recentemente que os diretores brasileiros fazem filmes com dinheiro público que muitas vezes não atingem
o público. O que acha?
HEITOR DHALIA - Eu respeito diretores que fazem um trabalho
muito fechado. Mas, no cinema,
isso fica mais complicado. É
muito caro e tem dinheiro público. Com "Nina" [seu primeiro
filme], eu não queria dialogar
[com os espectadores]. Queria
fazer um filme intransigente.
Hoje, venho buscando um diálogo maior com o público. Estudo
dramaturgia todos os dias. No
Brasil, tem um preconceito.
Acham que é coisa de americano. Só que, com a maturidade,
você vai entendendo que o diálogo não é demérito para a obra.
Pelo contrário.
FOLHA - Seus filmes têm apoio da
Lei Rouanet?
DHALIA - Só o cinema americano vive sem incentivo. Mas tive
a sorte de fazer três filmes seguidos sem dinheiro público. "À
Deriva" tem dinheiro da Focus
[braço da Universal]. Custou R$
6,5 milhões. De incentivo, foram uns R$ 600 mil. A gente tinha inscrito o filme no concurso
da Petrobras e ganhou. Só que,
ao mesmo tempo, conseguimos
todo o dinheiro fora [do país]. A
gente usou porque tinha ganhado, mas na verdade não precisaria. "O Cheiro do Ralo" foi bancado por mim. E o meu próximo
filme é 100% financiado pela
Natura, sem usar lei.
FOLHA - Que público você espera atingir com "À Deriva"?
DHALIA - Ele tem perfil de filme de arte, mas dialoga. Vai
estrear comercialmente na
França, na Inglaterra, nos
EUA. Na soma, vai dar um
público grande.
FOLHA - A Universal está envolvida em seus próximos projetos?
DHALIA - A gente está conversando. Foi uma experiência
muito boa.
FOLHA - E por que você acha que
a Universal interrompeu a parceria com a O2?
DHALIA - Não sei. No nosso
caso, eles ficaram superorgulhosos com o filme. Todo
mundo adora, eles, a O2.
Acho que tem uma hora em
que os interesses divergem.
Talvez a crise internacional,
a retração dos investimentos.
Uma empresa grande às vezes muda as diretrizes.
CURTO-CIRCUITO
O MÚSICO Dominguinhos e os repentistas Caju e Castanha
participam hoje, às 18h, de um sarau literário na Livraria
Cultura do Conjunto Nacional.
O ESPETÁCULO "Gaivota (Alguns Rascunhos)" abre hoje o
projeto Piollin 30. A apresentação será no Teatro de
Arena Eugênio Kusnet, às 21h. Classificação: 14 anos.
O LIVRO "Delacroix Escapa das Chamas", de Edson Aran,
será lançado hoje, na Livraria da Vila da alameda Lorena.
com ADRIANA KÜCHLER e DIÓGENES CAMPANHA e LEANDRO NOMURA
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