São Paulo, sexta-feira, 22 de julho de 2011 |
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CRÍTICA DRAMA Cineasta faz retrato humanista, mas sem complacência, do povo de seu país ALAXANDRE AGABITI FERNANDEZ COLABORAÇÃO PARA A FOLHA Os filmes do filipino Brillante Mendoza se destacam pela força visual e pela combinação entre realidade e ficção para delinear um retrato humanista, mas sem complacência, da sociedade de seu país. Pobreza, corrupção, delinquência e costumes ancestrais são registrados com a câmera na mão. Em "Lola", seu nono filme, Mendoza conta a história de duas avós ("lola" significa avó no idioma tagalo), mulheres fortes e frágeis ao mesmo tempo, que sustentam suas famílias com dificuldade. As duas vivem um momento de dor: Lola Sepa (Anita Linda) acaba de perder o neto, assassinado por um ladrão, enquanto Lola Puring (Rustica Carpio) quer livrar o neto Mateo -o principal suspeito do crime- da prisão. Mendoza segue as personagens pelas ruas de Manila. A narrativa avança com naturalidade e aos poucos descobrimos o modo de vida das pessoas, a burocracia, a Justiça e suas contradições, a relação com a morte e com o dinheiro, o papel da família. O olhar do cineasta para o gesto cotidiano mostra os filipinos como resistentes, dotados de uma energia aparentemente inesgotável. LOLA PRODUÇÃO Filipinas, 2009 DIREÇÃO Brillante Mendoza COM Anita Linda, Rustica Carpio e Tanya Gomez ONDE nos cines Livraria Cultura, Cinesesc, Espaço Unibanco Augusta e Frei Caneca CLASSIFICAÇÃO não informada AVALIAÇÃO bom Texto Anterior: Diretor filipino abandona radicalismo Próximo Texto: Cinema 1: Secretaria autoriza incentivo fiscal para filme sobre SPFC Índice | Comunicar Erros |
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