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CINEMA
Mais de 400 filmes de todo o mundo serão exibidos até 31/8; nova produção brasileira comparece com 104 títulos
Festival de curtas tem sua maior edição
DA REPORTAGEM LOCAL
Com um olho no impacto da
nova tecnologia digital na produção cinematográfica, o 13º Festival Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo abre na cidade sua maior edição. São 426 filmes de 54 países, divididos por
nove salas de São Paulo, mais extensões em Santos, Rio de Janeiro
e Porto Alegre.
O festival começa hoje, às 21h,
no CineSesc, com exibição apenas
para convidados do curta "Equilíbrio & Graça", de Carlos Reichenbach, entre outros. A partir de
amanhã, todas as sessões do festival, patrocinado pela Petrobras,
são gratuitas.
O evento festeja ainda a maior
produção brasileira de curtas dos
últimos anos, com 160 inscritos e
104 escolhidos. São esperados 250
convidados, 40 deles estrangeiros.
Tudo isso para discutir o que Zita
Carvalhosa, diretora do festival,
chama de "Formação do Olhar".
"O festival está sempre buscando discutir o que está no ar. Agora, é a nova tecnologia do cinema
digital, que amplia o leque de possibilidades de produção em cinema e vídeo. A idéia é: temos mais
gente tendo acesso ao equipamento. Mas isso é o suficiente?
Temos, ao mesmo tempo, mais
gente tendo acesso à formação?"
Para responder, Carvalhosa saca as Oficinas Kinoforum de Realização e Produção Audiovisual.
"A formação para futuros cineastas não é necessariamente acadêmica. Pode vir de projetos como
esse", diz ela. As oficinas Kinoforum, coordenadas pelo cineasta
Christian Saghaard, partiram de
nove workshops junto a comunidades jovens de São Paulo. Roteiros foram discutidos, gravados e
editados.
Os resultados passam na seção
"Formação do Olhar". A primeira
exibição será na segunda-feira, às
11h, na Faap. Outras oficinas, realizadas em países como Colômbia, França e Inglaterra, também
serão exibidas.
Destaques
Entre as centenas de filmes programados, há destaques de todos
os tipos. Na Mostra Internacional,
serão exibidos os recentes vencedores de festivais importantes como Cannes, Berlim, Veneza, Moscou, Clermont-Ferrand, Oberhausen, Huesca, Vila do Conde e
Tampere. Há ainda a Mostra Latino-Americana e os Programa Especiais.
Mas deve-se atentar para a recente produção brasileira, exibida
no Panorama Brasil e na seção Cinema em Curso (filmes feitos em
faculdades). "Tivemos um crescimento na produção de 30% ou
40% em relação ao ano passado",
afirma o programador associado
do festival, Francisco Cesar Filho.
"Poucas cinematografias no
mundo têm uma produção de
curtas tão grande como essa", diz
Cesar Filho.
Além dos destacados nas fotos
ao lado (todos terão diversas re-exibições), pode-se citar o delicado "Domingo" (MIS, sábado,
18h), de Gustavo Spolidoro, sobre
a falta do pai. A figura paterna é
vista de modo radicalmente diferente em "Em Nome do Pai" (CineSesc, segunda, 19h), de Júlio
Maria Pessoa.
"Palace 2" (MIS, amanhã, 22h),
de Fernando Meirelles e Kátia
Lund, é uma espécie de rascunho
experimental de "Cidade de
Deus". Já exibido na Globo, o curta ganha mais força no cinema.
É exibido ainda "Uma Pequena
Mensagem do Brasil - Ou a Saga
de Castanha e Caju contra o Encouraçado Titanic" (CCBB, amanhã, 18h30), de Walter Salles e Daniela Thomas, com seis minutos.
(IVAN FINOTTI)
Veja a programação completa na
Ilustrada Online
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