da Redação

A Amazon é referência para todas as livrarias brasileiras presentes na Internet. A Booknet copia suas estratégias de marketing. O webmaster do Ática Shopping também afirma ter se inspirado nela.
Para Pedro Herz, da Cultura, a Amazon "pode ser boa em seu mercado interno. No meu, eu atendo melhor. Quero ver alguém comprar um livro da Nova Fronteira nela. Acredito em livraria on-line como um complemento, não como um negócio isolado. A Amazon perde muito dinheiro."
Também na defensiva, Wander Soares, diretor do grupo Saraiva, afirma que o livro "já foi bem mais caro" no Brasil. "O que leva as pessoas a comprarem na Amazon é a praticidade", diz.
Cerca de 3,1 milhões de pessoas já compraram livros na gigante norte-americana que tanto preocupa os livreiros brasileiros.
A Amazon reportou US$ 116 milhões em vendas no segundo trimestre de 98 e adquiriu recentemente uma empresa de "comunidades on-line" (Planet All) e um sofisticado programa de busca para compras (Junglee).
Há alguns meses, começou a vender discos -aos poucos caminha para se tornar um grande shopping, não mais uma livraria.
Alguns analistas afirmam que a Amazon está se diversificando porque as grandes cadeias de livrarias estão atacando sua supremacia no comércio eletrônico.
Para o consultor especializado em Internet Paulo Puterman, "é bobagem dizer que a Amazon perde dinheiro. O mercado norte-americano é muito diferente. Ela tem uma capitalização alta, conseguiu muito dinheiro no mercado de ações."
Suas principais concorrentes, Barnes and Noble e Borders, têm sites relativamente novos, mas aprenderam tudo com a pioneira. Têm recursos semelhantes a ela e têm conseguido manter uma guerra de descontos, com a vantagem de contar com a renda das lojas tradicionais.
Por enquanto, só não têm a marca da Amazon, que é a primeira livraria procurada pela maioria dos usuários que querem comprar livros em inglês. Na Internet, todos os endereços são igualmente próximos e o hábito faz toda a diferença. (ME)



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