São Paulo, quinta-feira, 22 de setembro de 2005

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Disputa nacional reúne adaptações literárias

CRÍTICO DA FOLHA

As ficções brasileiras em disputa apresentam um amplo espectro das tendências da produção nacional hoje. Joffre Rodrigues, filho de Nelson Rodrigues, leva às telas "Vestido de Noiva", o texto de seu pai que mudou a história do teatro brasileiro, com Simone Spoladore e Marília Pêra no elenco.
Em "Tapete Vermelho", de Luiz Alberto Pereira, o ator Matheus Nachtergaele vive um matuto que cisma em levar o filho para assistir a um filme de Mazzaropi.
Entre as adaptações literárias, está "Crime Delicado". Na versão de Beto Brant para o romance de Sérgio Sant'anna, Marco Ricca é o crítico teatral que tem sua vida sistemática abalada ao se apaixonar pela musa de um pintor. Já o dramaturgo João Falcão estréia como cineasta em "A Máquina", originalmente um livro de sua mulher, Adriana Falcão, que ele já havia transformado em peça. Em "Achados e Perdidos", José Joffily adapta a segunda aventura do detetive Espinosa, criado por Luiz Alfredo Garcia-Roza, mas com o curioso detalhe de não trazer o personagem principal do livro.
Há ainda os dois filmes brasileiros selecionados para Cannes: "Cinema, Aspirinas e Urubus", de Marcelo Gomes, e "Cidade Baixa", de Sérgio Machado. De Gramado vêm "Carreiras", de Domingos Oliveira, e "Cafundó", de Paulo Betti e Clovis Bueno.
A seleção se completa com "Vinho de Rosas", de Elza Cataldo, situado nos tempos da Inconfidência Mineira. Fora de competição, a única ficção é "Árido Movie", de Lírio Ferreira, enquanto o novo filme de Ivan Cardoso, "Um Lobisomem na Amazônia", passa na seção Midnight Movies.
Entre os documentários, além do filme de Coutinho, serão exibidos fora de competição "Intervalo Clandestino", de Eryk Rocha, "Soy Cuba, o Mamute Siberiano", de Vicente Ferraz, e "Doutores da Alegria", de Mara Mourão.
Na competição estão, entre outros, "500 Almas", de Joel Pizzini, sobre uma cultura indígena em vias de extinção; "Missionários", de Cleisson Vidal e Andréa Prates, sobre presidiários que formam uma banda de rock; "Do Luto à Luta", de Evaldo Mocarzel, que procura desconstruir o discurso tradicional da medicina sobre a síndrome de Down; e "O Sol: Caminhando contra o Vento", de Tetê Moraes e Martha Alencar, sobre a histórica publicação carioca da época da ditadura. (PB)


Festival do Rio
Quando:
de hoje (só convidados) a 6/10
Onde: em 33 salas do Rio
Quanto: preços em www.festivaldorio.com.br ou tel. 0/xx/21/2226-1986


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