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Disputa nacional reúne adaptações literárias
CRÍTICO DA FOLHA
As ficções brasileiras em disputa apresentam um amplo espectro
das tendências da produção nacional hoje. Joffre Rodrigues, filho
de Nelson Rodrigues, leva às telas
"Vestido de Noiva", o texto de seu
pai que mudou a história do teatro brasileiro, com Simone Spoladore e Marília Pêra no elenco.
Em "Tapete Vermelho", de Luiz
Alberto Pereira, o ator Matheus
Nachtergaele vive um matuto que
cisma em levar o filho para assistir
a um filme de Mazzaropi.
Entre as adaptações literárias,
está "Crime Delicado". Na versão
de Beto Brant para o romance de
Sérgio Sant'anna, Marco Ricca é o
crítico teatral que tem sua vida
sistemática abalada ao se apaixonar pela musa de um pintor. Já o
dramaturgo João Falcão estréia
como cineasta em "A Máquina",
originalmente um livro de sua
mulher, Adriana Falcão, que ele já
havia transformado em peça. Em
"Achados e Perdidos", José Joffily
adapta a segunda aventura do detetive Espinosa, criado por Luiz
Alfredo Garcia-Roza, mas com o
curioso detalhe de não trazer o
personagem principal do livro.
Há ainda os dois filmes brasileiros selecionados para Cannes:
"Cinema, Aspirinas e Urubus", de
Marcelo Gomes, e "Cidade Baixa", de Sérgio Machado. De Gramado vêm "Carreiras", de Domingos Oliveira, e "Cafundó", de
Paulo Betti e Clovis Bueno.
A seleção se completa com "Vinho de Rosas", de Elza Cataldo, situado nos tempos da Inconfidência Mineira. Fora de competição,
a única ficção é "Árido Movie", de
Lírio Ferreira, enquanto o novo
filme de Ivan Cardoso, "Um Lobisomem na Amazônia", passa na
seção Midnight Movies.
Entre os documentários, além
do filme de Coutinho, serão exibidos fora de competição "Intervalo
Clandestino", de Eryk Rocha,
"Soy Cuba, o Mamute Siberiano",
de Vicente Ferraz, e "Doutores da
Alegria", de Mara Mourão.
Na competição estão, entre outros, "500 Almas", de Joel Pizzini,
sobre uma cultura indígena em
vias de extinção; "Missionários",
de Cleisson Vidal e Andréa Prates,
sobre presidiários que formam
uma banda de rock; "Do Luto à
Luta", de Evaldo Mocarzel, que
procura desconstruir o discurso
tradicional da medicina sobre a
síndrome de Down; e "O Sol: Caminhando contra o Vento", de
Tetê Moraes e Martha Alencar,
sobre a histórica publicação carioca da época da ditadura.
(PB)
Festival do Rio
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Onde: em 33 salas do Rio
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