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ARTES PLÁSTICAS
Tradicional mapeamento começa em outubro no MAM-SP
Panorama retoma arte territorial
MARIO GIOIA
DA REPORTAGEM LOCAL
A 29ª edição do Panorama da
Arte Brasileira retoma a idéia de
uma arte territorial e, ao contrário
da anterior assinada pelo cubano
Gerardo Mosquera em 2003, exibe um recorte que tenta mapear o
Brasil geograficamente com grande amplitude.
A exposição, uma das mais tradicionais no circuito artístico
contemporâneo do país, abre em
29 de outubro no MAM (Museu
de Arte Moderna) de São Paulo.
"A idéia é discutir o padrão usado como arte nacional, a partir de
modelos acadêmicos", afirma o
curador da mostra, Felipe Chaimovich.
Ele, então, traçou oito eixos temáticos que remetem a gêneros
clássicos de arte e, a partir deles,
buscou artistas brasileiros que
dessem roupagem contemporânea a eles. Assim, a paisagem, o
retrato, a natureza-morta, o costume, a alegoria, a história, a religiosidade e o emblema ganham
leituras de nomes de variados
pontos do país.
"Fiquei impressionado como a
arte contemporânea está realmente descentralizada no país,
com artistas de produção consistente espalhados em muitas cidades", diz o curador.
Muitos dos artistas são praticamente desconhecidos no eixo
Rio-São Paulo. "O grupo Empreza, de Goiânia, por exemplo, se
apresentou em eventos restritos
em São Paulo, mas já teve suas
performances apresentadas em
Paris e Nova York."
Chaimovich, 37, também professor universitário e crítico da
Folha, escolheu 50 artistas, que
vêm de 14 cidades.
Entre eles, há nomes mais conhecidos -Eder Santos, Nuno
Ramos, José Bechara, Paulo
Brusky, Daniel Senise, Gilvan Samico, Rodrigo Andrade- e apostas, como o Empreza, Fabiano
Gonper (PB), Walda Marques
(PA) e Paulagabriela (RJ).
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