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"Morte e Vida Severina" deu nome ao teatro
DA REPORTAGEM LOCAL
"O poema de João Cabral é
capaz de comover, não importa que época", diz Pablo
Moreira, diretor do grupo de
teatro Tuca e encarregado da
pesarosa tarefa de remontar
"Morte e Vida Severina"
com os atuais estudantes.
Pesarosa pela responsabilidade. Quando o espetáculo
estreou em 1965, o teatro que
naquela noite era inaugurado deveria se chamar auditório Tibiriçá. O sucesso da
peça foi tanto, porém, que o
nome do recém-formado
grupo de atores universitários, Tuca, acabou sendo incorporado pelo prédio.
No ano seguinte, a montagem de Roberto Freire venceu o festival de teatro universitário de Nancy, na
França, numa época em que
Chico Buarque era apenas o
jovem estudante de arquitetura conhecido como o "Carioca", que assinava a direção musical do espetáculo.
Na atual remontagem, Pablo procurou deixar os alunos livres para uma leitura
atual de "Morte e Vida", já
que os problemas sociais
que originaram o texto -a
miséria nordestina, o latifúndio- continuam, em
grande medida, presentes.
"Não fiz experimentalismos, mas deixei que os alunos livres para que vissem o
texto à luz da nova geração.
A montagem inclui novas
canções e puxa o espetáculo
para São Paulo", explica.
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