São Paulo, quinta-feira, 22 de setembro de 2005

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"Morte e Vida Severina" deu nome ao teatro

DA REPORTAGEM LOCAL

"O poema de João Cabral é capaz de comover, não importa que época", diz Pablo Moreira, diretor do grupo de teatro Tuca e encarregado da pesarosa tarefa de remontar "Morte e Vida Severina" com os atuais estudantes.
Pesarosa pela responsabilidade. Quando o espetáculo estreou em 1965, o teatro que naquela noite era inaugurado deveria se chamar auditório Tibiriçá. O sucesso da peça foi tanto, porém, que o nome do recém-formado grupo de atores universitários, Tuca, acabou sendo incorporado pelo prédio.
No ano seguinte, a montagem de Roberto Freire venceu o festival de teatro universitário de Nancy, na França, numa época em que Chico Buarque era apenas o jovem estudante de arquitetura conhecido como o "Carioca", que assinava a direção musical do espetáculo.
Na atual remontagem, Pablo procurou deixar os alunos livres para uma leitura atual de "Morte e Vida", já que os problemas sociais que originaram o texto -a miséria nordestina, o latifúndio- continuam, em grande medida, presentes.
"Não fiz experimentalismos, mas deixei que os alunos livres para que vissem o texto à luz da nova geração. A montagem inclui novas canções e puxa o espetáculo para São Paulo", explica.


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