São Paulo, quarta-feira, 22 de outubro de 2008

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CD's

Heavy Metal
Scars on Broadway
SCARS ON BROADWAY
Gravadora:
Universal; Quanto: R$ 24, em média;
Avaliação: bom
"Eu sinto como se essa banda fosse totalmente nova", diz o guitarrista e vocalista Daron Malakian no material de divulgação do primeiro CD de seu projeto Scars on Broadway. Não sabemos de onde vem tal sensação, já que o SOB lembra muito o System of a Down, a banda que deu fama a Malakian e que, atualmente, está seguindo o modelo Los Hermanos -deu uma parada para que seus integrantes invistam em projetos solo (Serj Tankian, o vocalista do System, já havia lançado o seu no ano passado). Não que isso seja um problema: manter o estilo que deu fama e glória ao System of a Down (um heavy metal criativo, com pitadas pop, sons orientais e postura politizada) é uma boa pedida.
POR QUE OUVIR: Fãs da outra banda de Malakian certamente vão gostar do CD, que tem grandes faixas como "World Long Gone".
Mas também vão reconhecer que Tankian faz falta -só atuando juntos os dois atingem seu potencial. (MARCO AURÉLIO CANÔNICO)

Pop
Microswing
SUELY MESQUITA
Gravadora:
independente; Quanto: R$ 20, em média;
Avaliação: bom
No espectro da música pop brasileira, Suely Mesquita ainda está naquele time dos admirados pelos colegas e desconhecidos do público. Em seu segundo CD solo, denominado "Microswing", ela se confirma como boa intérprete e compositora muito inteligente, que vai do samba (o belo "Qualquer Lugar") ao blues ("Blues pra Ryta", homenagem à cantora Ryta de Cássia, morta em 2006) e do choro ("Longe", com participação do parceiro Zeca Baleiro) ao funk-rock ("Imenso", voz e letra de Zélia Duncan) sem perder o prumo.
Mas a balada "Mertiolate" é inferior, e o excesso de violões de aço cansa.
Ainda assim, o fato de só dois músicos (João Gaspar e Edu Szajnbrum) tocarem todos os instrumentos em todas as faixas ajuda a conferir unidade à diversidade do disco.
POR QUE OUVIR: A morna cabo-verdiana "Vira Lixo", parceria com Chico César, e o tango-frevo-etc. "On the Rocks" mostram a saudável versatilidade de Suely Mesquita. (LUIZ FERNANDO VIANNA)

Rock
Only by the Night
Kings of Leon
Gravadora:
Sony/BMG; Quanto: R$ 25, em média;
Avaliação: regular
Você já deve ter ouvido a conversa de que o quarteto Kings of Leon (três irmãos e um primo) é uma banda fabricada, que, das músicas à roupa, tudo é selecionado a dedo por um produtor etc. e tal. A pergunta é: e daí? Se eles tocam boas canções e fazem bons shows (como mostraram no Brasil, ainda que, em São Paulo, tenham sido prejudicados pelo som), que diferença isso faz? Até hoje, a banda vinha lançando discos interessantes, com alguns hits divertidos como "Molly's Chambers". Se a banda merece ser cobrada, que seja quando lança trabalhos inferiores ao que já apresentou, como este quarto álbum, "Only by the Night", que até começa muito bem, com "Closer" e "Crawl", mas desanda horrivelmente daí por diante.
POR QUE OUVIR: Pelas três faixas iniciais ("Sex on Fire" também se salva) e por quase nada mais. O resto do disco se arrasta em canções tediosamente grandiosas (como "Use Somebody" e "17") ou em babas inacreditáveis como "Manhattan". É hora de os meninos voltarem para a roça. (MAC)



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