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Crítica
Berkeley extrai preciosidades de argumento fraco
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Em 1939, a Segunda Guerra
estava batendo às portas, de
maneira que ninguém estranhará o sucesso que Busby Berkeley podia fazer, com suas coreografias marciais.
Nesse tempo, no mais, ele estava na Metro, o melhor lugar
para um artista como ele estar
naquela época. Só ali ele poderia encontrar uma dupla como
Judy Garland e Mickey Rooney
em "Sangue de Artista"
(TCM, 1h10), "Babes in Arms"
no original.
O argumento é aquele, convencional nos musicais de então: jovens artistas tentam o
sucesso e lutam contra as dificuldades que lhes são antepostas. Desse nada é que Berkeley
tira momentos preciosos.
Como complemento do programa, a mesma emissora
apresenta, antes de "Sangue de
Artista", "MGM - Quando o Leão Ruge" (às 23h), uma evocação desse tempo em que o
Leão, metonímia da Metro, era
de fato um acontecimento
quando aparecia na tela, representando a riqueza e o poder
desse estúdio.
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