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Crítica
Sushi Hiroshi serve o peixe cru com boa variedade e cortes desiguais
JOSIMAR MELO
CRÍTICO DA FOLHA
Depois que os restaurantes japoneses expandiram seu território para além do bairro da Liberdade, foram ganhando não
somente os bairros de maior
concentração gastronômica como toda a cidade.
O bairro de Santana, por
exemplo, sedia há pouco mais
de dez anos o Sushi Hiroshi,
que surgiu na avenida Brás Leme, mas, desde 2004, ocupa um
imóvel bem maior, ainda nas
imediações.
O restaurante nasceu de uma
saga de dois irmãos nisseis,
nascidos na Grande São Paulo.
Um deles, Julio Ogawa, 36, é o
sushiman e chef de cozinha.
Seu percurso iniciou-se aos 12
anos de idade, quando começou a trabalhar na área como
auxiliar, no Rio de Janeiro. Voltando a São Paulo, passou por
casas como o Semba e o antigo
Suntory. Seu irmão Francisco,
38, fez outro caminho, que o levou a trabalhar no Japão como
dekassegui, durante seis anos.
Nesse período, juntou dinheiro
para voltar e abrir com Julio,
em 1997, o Sushi Hiroshi.
A proposta da casa é concentrar-se especialmente nos sushis e sashimis -o que não significa que não haja pratos quentes como os teppans (de carne,
vários peixes, frutos do mar), os
tempuras e pratos de massas
(yakissoba, udon, soba). Mas o
foco é o peixe cru e servido à la
carte (não há rodízio, mesmo
no almoço: aqui a fórmula é a
do teishoku, com menus fixos).
Nesse departamento, pode
haver uma variedade maior de
ofertas, embora isso dependa
do dia. De toda forma, embora o
cardápio use a preguiçosa
expressão "peixe branco", é
possível conseguir três ou quatro variedades somente nesta
rubrica. Ademais, sempre
há ostras, mexilhões, ovas de
ouriço-do-mar.
Os cortes dos peixes são desiguais, há sushis onde há mesmo
uma aparência de desleixo nas
fatias, mas os peixes são geralmente bons. E o arroz, que poderia ser mais compacto, é satisfatório. Além dos formatos
tradicionais, o Hiroshi apresenta variações: finas fatias de
peixe ou polvo temperadas como salada; sushi de atum branco grelhado e molho agridoce
(em outras abunda o cream-cheese). Quando servidos num
dia de boa variedade, podem
constituir um bom deleite,
turbinado com moluscos, ovas,
filhotes de enguia, vieiras e
atum gordo.
josimar@basilico.com.br
SUSHI HIROSHI
Avaliação: regular
Endereço: r. Capitão
Manoel Novaes, 189,
Santana, tel. 0/xx/11/
6979-6677
Funcionamento: seg. e
ter., das 11h30 às 14h30 e
das 18h30 às 23h30; qui. e
sex., das 11h30 às 14h30 e
das 18h30 às 23h30; sáb.,
das 12h às 15h e das 18h30
às 23h30; dom., das 12h às
15h e das 19h às 22h30
Ambiente: balcão grande
no térreo, mesas no andar
superior, bastante espaço
Serviço: atencioso,
embora mais rarefeito em
cima
Vinhos: saquê, mas sem
grande variedade
Cartões: todos
Estacionamento: não tem
Preços: entradas, R$ 2,20
a R$ 37; combinados, R$ 22
a R$ 135; pratos, R$ 18,50
a R$ 77; sobremesas, R$
2,80 a R$ 13
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