São Paulo, sábado, 22 de novembro de 2008

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ARTES PLÁSTICAS

"Bienal está servindo para alpinistas sociais", diz curador

DA REPORTAGEM LOCAL

Em um debate que tinha como tema a 24ª Bienal de São Paulo, de 1998, que recebeu elogios unânimes dos convidados, o seu curador, Paulo Herkenhoff, disparou várias críticas contra a atual gestão da Fundação Bienal e seu evidente momento de crise institucional.
"Deve se questionar o papel de cada um dos conselheiros. Alguns têm respeitabilidade, mas alguns estão só por status social. A Bienal está servindo de escada para alpinistas sociais", afirmou ele anteontem à noite, em debate na 28ª Bienal.
"Eles estão fazendo o movimento oposto do tobogã do Carsten Höller [uma das obras mais visitadas desta Bienal]", completou ele, arrancando risos do público.
O debate recebeu também a artista Adriana Varejão e o curador Moacir dos Anjos.
De acordo com Herkenhoff, mercado e instituições de arte vivem uma confusão de objetivos. "Há evidentes conflitos éticos. A Bienal tem de estar de um lado, o mercado de outro."


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