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comentário
Grandes nomes investiram em "greatest hits"
DA REPORTAGEM LOCAL
Até há pouco tempo, as coletâneas podiam ser divididas em dois tipos: aquelas
que juntam vários artistas
num mesmo CD; e as que
reúnem os sucessos de um
único artista. Outra espécie
de compilação vem ganhando as lojas: as que levam o
nome de empresas, embalado por um "conceito".
Nesse caso, há os exemplos
do pop-chique nos álbuns da
Daslu, nas "Leves e Turbinadas", lançamento do Skol
Beats, e na eletrônica do restaurante Chakras, que é mixado pelo respeitado alemão
Toni Rios e tem, entre suas
faixas, produções de Matthew Jonson e Isolée.
A eletrônica é um terreno
já bastante explorado pelas
compilações. Tanto em discos de remixes como nos (intermináveis) lançamentos
com a temática chill-out.
Este 2006 viu artistas
grandes apostarem em
"greatest hits". O U2 remexeu mais uma vez seu passado com "18 Singles". O Oasis,
para encerrar o contrato com
a Sony BMG, relembra a glória do britpop com "Stop the
Clocks". E muitas das canções de "Play", feito por
Moby em 1999, poderão ser
ouvidas novamente em "Go
-°The Very Best of...".
Entre os nacionais, destaca-se "Perfil", que reúne as
principais músicas dos Los
Hermanos. É relevante, pelo
menos, para ver como boas
canções como "Cara Estranho" se perdem no meio de
tentativas de emular a melancolia dos antigos sambas.
A idéia de reunir "de tudo
um pouco" está no "Rock
Festival 2006", que inspira-se nas coletâneas de rock indie que invadem as lojas britânicas há tempos. Aí, vale
juntar Gnarls Barkley, Simple Plan, Radiohead...
As coletâneas, de certa maneira, espelham o mundo
pós-MP3 e pós-iPod, em que,
mais do que ouvir canções
descartáveis esparramadas
por um disco, o consumidor
pega apenas as que gosta.
(TN)
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