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Reedições são baratas, têm resultado e vão continuar
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Já virou uma tradição do
mercado fonográfico brasileiro. Entre artistas que ganham
muito para vender pouco e projetos especiais caça-níqueis
que já não funcionam mais tão
bem como antigamente, as gravadoras acharam novo nicho:
os relançamentos. O custo é
quase zero, basta pegar o original, remasterizar, reembalar,
manter a capa original e colocar
de volta nas lojas. As tiragens
são sempre pequenas, mas com
vendagem rápida e garantida.
Depois de grandes séries em
anos anteriores como "Columbia Raridades", da Sony (hoje
Sony BMG), "RCA 100 Anos de
Música", da BMG (hoje Sony
BMG), "Warner Arquivos", da
Warner, e "Odeon 100 Anos",
da EMI, 2006 foi o ano da Som
Livre abrir o seu baú.
Com as séries "Som Livre
Masters" (25 discos), "Som Livre Masters 2" (19), "RGE Clássicos" (15) e "Som Livre Masters Trilhas" (26), a gravadora
recuperou do seu valioso limbo
importantes discos de artistas
como Zimbo Trio, Tim Maia,
Novos Baianos, Tom Zé, Trio
Mocotó, Som 3, entre muitos
outros, além de trilhas históricas de novelas como "O Bofe"
(de Roberto & Erasmo Carlos)
e "O Semideus" (Baden Powell
e Paulo César Pinheiro).
A Som Livre colocou ainda
no mercado caprichado box
com os três ótimos primeiros
discos de Chico Buarque -fora
de catálogo há anos- e os dois
raros primeiros de Elis Regina.
Já a Universal revisitou seu
catálogo para recolocar nas lojas boa parte das discografias
de artistas seus, como Mutantes (sete discos), Maria Bethânia (22) e Chico Buarque (17). A
gravadora prepara caixa dedicada à obra de Caetano Veloso,
dividida por décadas -inspirado em projeto da Sony BMG
com a obra de Roberto Carlos.
Não com menor importância, Trama e Biscoito Fino realizaram trabalho mais artesanal em relançamentos de DVDs
("Ensaio", de Nara Leão) e CDs
("Tim Maia Racional").
Finalmente as gravadoras
começam a entender a importância de suas próprias histórias e de seu acervo. Que continuem abrindo seus baús, que a
fonte está longe de secar.
(RE)
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