São Paulo, terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Comentário

Atriz encarna protótipo de musa indie

BRUNO YUTAKA SAITO
EDITOR-ASSISTENTE DA ILUSTRADA

Na música e no cinema, "indie" é abreviação para determinar o modo de produção independente. Mas logo virou também o nome de seu público consumidor. Tudo nesse universo é o lado B do "sistema".
Com as musas, a lógica não muda. Se a atriz Megan Fox representa o modelo de garota sexy/devoradora da atualidade, Zooey Deschanel é o exato oposto. Antes dela, vieram Winona Ryder, Chloë Sevigny, PJ Harvey, Cat Power, Molly Ringwald e várias outras, mas nenhuma personificou tão bem o imaginário de "musa indie".
Por quê? O resumo está naquilo que faz o indie Tom se apaixonar por Summer, a personagem de Zooey em "500 Dias com Ela". Ela gosta de The Smiths. E Smiths, para esse público, é religião, e não banda.
Os indies são, antes de mais nada, sonhadores, e aliam o fatalismo romântico à obsessão por itens alternativos da cultura pop. A imagem forjada por Zooey na vida pública não está muito longe daquela do filme. Costuma declarar paixão por tudo que é "vintage", clássico, de roupas de brechó a comédias e músicas dos anos 40 e 50. Seu trunfo são os gostos refinados, e não apenas o corpo, o que faz com que o status de musa valha também para as mulheres.


Texto Anterior: Bonequinha de luxo
Próximo Texto: Autora narra trauma político e pessoal do Irã
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.