São Paulo, quinta-feira, 23 de março de 2000


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"Críticos são estertores do velho Brasil", diz Aguilar

free-lance para a Folha


O curador geral da Mostra do Redescobrimento, Nelson Aguilar, define as críticas à idéia de cenografar uma exposição como os últimos resquícios do elitismo.
Ele afirma que 70% do público que verá a mostra nunca esteve em uma exposição de arte antes.
"A gente quer conquistar um público novo, e essa é uma ocasião única para cativar público para a causa artística", diz.
Trata-se, segundo ele, de devolver a função transitiva da arte aos frequentadores do parque e de "outros parques".
"Por que as exposições têm de ser chatas? O visitante não precisa deixar o prazer no vestíbulo", ataca o curador, para quem, se essa mostra fosse feita nos moldes tradicionais, "começaríamos o século 21 em pleno marasmo".
"Tudo muda neste mundo, por que exposição de arte não pode mudar, tem de ser salão tradicional? Quanto mais a antiarte é incorporada à arte, mais ela torna-se arte, porque a arte hoje abarca a consciência do entorno."
A cenografia na mostra não vai deturpar a arte, afirma Aguilar: "O ambiente é só um meio, um veículo". (JMo)


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