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"Críticos são estertores do velho Brasil", diz Aguilar
free-lance para a Folha
O curador geral da Mostra do
Redescobrimento, Nelson Aguilar, define as críticas à idéia de cenografar uma exposição como os
últimos resquícios do elitismo.
Ele afirma que 70% do público
que verá a mostra nunca esteve
em uma exposição de arte antes.
"A gente quer conquistar um
público novo, e essa é uma ocasião única para cativar público
para a causa artística", diz.
Trata-se, segundo ele, de devolver a função transitiva da arte aos
frequentadores do parque e de
"outros parques".
"Por que as exposições têm de
ser chatas? O visitante não precisa
deixar o prazer no vestíbulo", ataca o curador, para quem, se essa
mostra fosse feita nos moldes tradicionais, "começaríamos o século 21 em pleno marasmo".
"Tudo muda neste mundo, por
que exposição de arte não pode
mudar, tem de ser salão tradicional? Quanto mais a antiarte é incorporada à arte, mais ela torna-se arte, porque a arte hoje abarca a
consciência do entorno."
A cenografia na mostra não vai
deturpar a arte, afirma Aguilar:
"O ambiente é só um meio, um
veículo".
(JMo)
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