São Paulo, sexta-feira, 23 de março de 2007

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CDs

Samba
Orfeu da Conceição
TOM JOBIM, VINICIUS DE MORAES E ROBERTO PAIVA

Gravadora: EMI; Quanto: R$ 18, em média.
Avaliação: Ótimo
Se não é o melhor, "Orfeu da Conceição" é o mais importante musical brasileiro. Fez nascer a parceria Tom Jobim/Vinicius de Moraes e sinalizou, em 1956, que uma bossa nova estava por vir. O disco nunca fez muito sucesso, mas nada apaga o prazer de se ouvir as primeiras versões de "Se Todos Fossem Iguais a Você", "Mulher, Sempre Mulher" e "Lamento no Morro", com arranjos de Tom Jobim, violão de Luiz Bonfá e orquestra de 35 músicos.
POR QUE OUVIR: é histórico, antes de tudo. E ainda tem Vinicius recitando belamente o seu "Monólogo de Orfeu", relido por Maria Bethânia no CD dedicado ao poeta. (LUIZ FERNANDO VIANNA)

Rock
The Good, The Bad & The Queen
THE GOOD, THE BAD 7 THE QUEEN
Gravadora:
EMI; Quanto: R$ 35, em média Avaliação: Bom
Com o Blur, Damon Albarn esteve na linha de frente do britpop; com o Gorillaz, criou um cartoon-pop de sucesso seriíssimo; antes, havia montado projeto com músicos de Mali. Sua nova empreitada é um "supergrupo" com Paul Simonon (ex-Clash), Simon Tong (ex-Verve) e o baterista Tony Allen. A música é climática, lenta, cheia de efeitos, ecos e ruídos. Não te pega de imediato, mas conquista aos poucos.
POR QUE OUVIR: produzido por Danger Mouse, o álbum é musicalmente arrojado, variado, com idéias diferentes pipocando em cada faixa. (THIAGO NEY)

Jazz
Chanson du Vieux Carré
HARRY CONNICK JR
Gravadora:
Marsalis/Universal; Quanto: R$ 36
Avaliação: Bom
Mais conhecido como cantor ou ator, o pianista de Nova Orleans faz outro tributo à cidade, devastada pelo furacão Katrina, em 2005. Misturando composições próprias com clássicos da música local, como as festivas "Bourbon Street Parade" e "Mardi Gras in New Orleans", Connick revela ser um talentoso orquestrador. Ele assina os arranjos para big band das 12 faixas. Uma das surpresas é o inusitado arranjo para a ingênua "Petite Fleur", centrado num solo de sax barítono.
POR QUE OUVIR: sem cantar nesse álbum, Connick prova ser bem mais que um galã seguidor de Frank Sinatra. (CARLOS CALADO)


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