São Paulo, terça-feira, 23 de abril de 2002

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NO RECIFE

Novatos lançam suas sementes de mangue

DIEGO ASSIS
ENVIADO ESPECIAL A RECIFE

Patos, sepulturas e charlatões à parte, foi mais uma vez do palco secundário do Abril pro Rock em Recife que partiram boas surpresas da cena pernambucana, a exemplo de Textículos de Mary, banda que despontou em 2001.
Válida no mínimo pelo inusitado, a banda Os Psicopatas teve seu momento de glória ao abrir o evento, na sexta, com participação-relâmpago de cinco músicas.
Outro nome interessante, que também começa a ensaiar seus primeiros passos na batida de Chico Science e Mundo Livre S/A é a Mombojó. A mistura de samba, punk rock e música eletrônica do octeto de Recife foi ao lado do G.R. Bonsucesso Samba Clube, a que mais agradou no domingo.
Apesar dos oito meses de banda e da também pouca idade dos integrantes (o mais novo tem 15 e o mais velho, 20), o grupo chama a atenção desde que participou de um projeto com o Re:Combo, de H.D. Mabuse, antigo parceiro de Fred 04 e Science, e entusiasta da "música colaborativa".
Durante toda a edição deste ano, integrantes do Re:Combo circularam pelo Centro de Convenções captando os shows, imagens e todo tipo de ruído que eram processados em computador e executados em apresentações de live PA.
"Essas são as bandas do novo século em Recife. São frutos do uso cultural da tecnologia informática", diz Luciano Meira, do Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife. Segundo a organização, o festival reuniu cerca de 15 mil pessoas, número bem menor do que os 25 mil divulgados em 2001. A razão teria sido o aumento do ingresso de R$ 15 para R$ 30. Para os organizadores, a mudança foi inevitável devido a pressões de entidades estudantis para a venda de meia-entrada.


O jornalista Diego Assis viajou a convite do festival

Leia programação do Abril pro Rock no www.folha.com.br/ilustrada



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