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NO RECIFE
Novatos lançam suas sementes de mangue
DIEGO ASSIS
ENVIADO ESPECIAL A RECIFE
Patos, sepulturas e charlatões à
parte, foi mais uma vez do palco
secundário do Abril pro Rock em
Recife que partiram boas surpresas da cena pernambucana, a
exemplo de Textículos de Mary,
banda que despontou em 2001.
Válida no mínimo pelo inusitado, a banda Os Psicopatas teve seu
momento de glória ao abrir o
evento, na sexta, com participação-relâmpago de cinco músicas.
Outro nome interessante, que
também começa a ensaiar seus
primeiros passos na batida de
Chico Science e Mundo Livre S/A
é a Mombojó. A mistura de samba, punk rock e música eletrônica
do octeto de Recife foi ao lado do
G.R. Bonsucesso Samba Clube, a
que mais agradou no domingo.
Apesar dos oito meses de banda
e da também pouca idade dos integrantes (o mais novo tem 15 e o
mais velho, 20), o grupo chama a
atenção desde que participou de
um projeto com o Re:Combo, de
H.D. Mabuse, antigo parceiro de
Fred 04 e Science, e entusiasta da
"música colaborativa".
Durante toda a edição deste
ano, integrantes do Re:Combo
circularam pelo Centro de Convenções captando os shows, imagens e todo tipo de ruído que
eram processados em computador e executados em apresentações de live PA.
"Essas são as bandas do novo
século em Recife. São frutos do
uso cultural da tecnologia informática", diz Luciano Meira, do
Centro de Estudos e Sistemas
Avançados do Recife. Segundo a
organização, o festival reuniu cerca de 15 mil pessoas, número bem
menor do que os 25 mil divulgados em 2001. A razão teria sido o
aumento do ingresso de R$ 15 para R$ 30. Para os organizadores, a
mudança foi inevitável devido a
pressões de entidades estudantis
para a venda de meia-entrada.
O jornalista Diego Assis viajou a convite
do festival
Leia programação do Abril pro Rock no
www.folha.com.br/ilustrada
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