|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
OUTDOOR STAGE
Palco ao ar livre perde em energia para as tendas de DJs
DA REPORTAGEM LOCAL
A experiência de, pela primeira vez, agregar um palco
tradicional ao Skol Beats mostrou
que o altar máximo da música eletrônica continua sendo o pick-up
do DJ, e não o esquema palco/
banda/vocalista. O Outdoor Stage
foi bem, atraindo massas a shows
como os dos grupos Kosheen e
Groove Armada, mas não chegou
perto da euforia nas tendas.
O primeiro show "real" ficou
por conta da brasileira Fernanda
Porto, que procurava forrar de
drum'n'bass e muita percussão
versos inéditos do tipo "que país é
este que a gente nunca vê?". O
problema nem era de país, já que
Marky e Renato Cohen alvoroçavam as tendas e o brasileiro que
mais fez os brasileiros dançar, Jorge Ben, reaparecia, ubíquo, nas
discotecagens de Goldie e Patife.
O formato que Fernanda propunha é que dispersava atenções.
Aí o Kosheen veio arrastar a planilha de shows ao tédio, numa
apresentação careta e fracamente
inclinada ao drum'n'bass.
O Groove Armada alternou flashes dançantes com longos segmentos de climão, num show correto e nem sempre empolgante. A
gostosa "I See You Baby" foi gasta
no início, em versão bem recortada, sem glamour. A estabilidade
se quebrou em "My Friend",
quando convergiram adeptos da
fuga eletrônica e fãs de "O Clone"
-é tema dos sofrimentos de Mel,
e tudo o que o público não queria
era sofrer. Faltava ajustar a sintonia do novo tempo, de "superstar
DJs" e ídolos decadentes.
(PEDRO ALEXANDRE SANCHES)
Groove Armada:
Kosheen:
Texto Anterior: Renato Cohen: Brasileiro hipnotiza com batida pesada Próximo Texto: Gatecrasher: John Fleming vinga adeptos do trance Índice
|