|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
RENATO COHEN
Mostrando técnica irreparável, DJ emociona com tecno forte
Brasileiro hipnotiza com batida pesada
BRUNA MONTEIRO DE BARROS
DA REDAÇÃO
Por trás da mesa de som, batendo as pernas, Renato Cohen sorria bastante e às vezes acenava para a pista enquanto mexia
nos botões e apresentava o live PA
que preparou para o Skol Beats.
O som -tecnicamente irreparável- começou seco, linear e foi
ganhando groove no decorrer dos
45 minutos. A pista estava dispersa quando Cohen começou, mas
suas batidas hipnóticas e os gritos
dos que já estavam lá foram convocando as pessoas a chegarem
perto das caixas. E o clima pegou.
E 45 minutos foram pouco. Pareciam dez de tão rápido que passaram. Foi com "Pontapé", o elogiado hit atual do produtor, tocado três vezes no festival -inclusive por Anderson Noise, que também impressionou- , que Cohen
encerrou seu live. E, de novo,
comprovou a sua força. O público, em massa, gritou, pulou, bateu
a mão no ar. E queria mais.
Mas foi antes, na pista The End,
que Renato Cohen teve sua consagração no Skol Beats. Abarrotada,
com gente dançando na porta,
Cohen recebeu uma pista feliz e
disposta. Um set de tecno pesado,
grooveado e surpreendente fazia
o público delirar com frequência.
Uma frase no meio do público:
"A lenha acabou? Isso é lenha disfarçada!". Na verdade, o que Cohen quer é não ser obrigado a ser
duro e forte, estar preso a um estigma. E ele não precisa.
Cohen continua abusando das
batidas pesadas, daquelas que ensurdecem e ressonam no coração,
mas faz isso com uma delicadeza
ímpar e, apesar da porrada, emociona o público. A energia emanada pela troca de Cohen com a pista foi muito forte e deixou o trabalho mais difícil para Dave Angel,
que assumiu os pick-ups depois.
Renato Cohen:
Texto Anterior: Skol Beats - Todd Terry: "The god" abençoa com house sagrada Próximo Texto: Outdoor Stage: Palco ao ar livre perde em energia para as tendas de DJs Índice
|