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Benjamin Biolay mostra nova face da canção francesa
Compositor e cantor, que é comparado a Serge Gainsbourg, faz show único hoje no Brasil, no Sesc Vila Mariana (SP)
Com sonoridade folk e pop, músico trabalhou com
veteranos, como Henri Salvador e Jane Birkin, e
nomes da nova geração
BRUNA BITTENCOURT
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Depois de Charles Aznavour,
uma faceta mais jovem e experimental da música francesa se
apresenta em São Paulo.
Freqüentemente comparado
a Serge Gainsbourg e herdeiro
da "chanson" francesa, o cantor, compositor e produtor
Benjamin Biolay, 35, colaborou
com veteranos como Jane Birkin, Françoise Hardy e Henri
Salvador, além de artistas da
nova geração da música na
França, como sua irmã Coralie
Clément, a também cantora
Keren Ann e Chiara Mastroianni (ex-mulher de Biolay e
filha de Marcello e Catherine
Deneuve).
"Minha carreira musical tem
sido algo entre nomes muito e
pouco conhecidos. Gosto de
misturar. Não penso em termos de gerações", diz o cantor.
No show de hoje, o único no
Brasil, Biolay faz um apanhado
de sua carreira, que chega em
breve ao sexto disco -sua sonoridade vai do folk ao pop por
vezes soturno.
"Vou tocar minhas canções
preferidas dos meus álbuns e
faixas que escrevi para outras
pessoas, como Coralie e Henri
Salvador. Mas não será um
show de cinco horas, não tenha
medo", diz Biolay brincando.
São dele, por exemplo, quatro canções do álbum de retorno de Henri Salvador, "Chambre avec Vue" (2000). "Foi um
grande sucesso na França, um
sonho porque, quando era
criança, ouvia muito Henri."
O disco de estréia de Biolay,
"Rose Kennedy" (2002), gira
em torno da família Kennedy,
sob o ponto de vista da matriarca Rose, o que rendeu inúmeras
comparações a "Histoire de
Melody Nelson" -álbum conceitual de Gainsbourg no qual
ele narra o atropelamento de
uma jovem. "Sempre fui fã de
Robert Kennedy. Para mim, a
história da família é muito shakespeariana", conta.
"Quando eu era mais jovem,
tentei ser cantor, mas isso era
impossível, por muitas razões.
Decidi, então, apenas produzir
e escrever para outras pessoas",
diz. "Um dia me pediram para
fazer um álbum solo, e precisei
de um tema", diz. "Decidi, então, falar sobre a família Kennedy. Naquela altura, eu tinha
desistido de cantar", conta Biolay, que fez assim sua estréia
como cantor.
Em 2004, Biolay gravou com
Chiara o ótimo "Home", um
disco intimista do então casal.
Atualmente, trabalha no sucessor de "Trash YéYé" (2007),
seu quinto disco.
"Meu novo álbum será um
pouco diferente, mas a única
coisa que eu quero é que ele seja melhor, não quero mudar",
afirma Biolay.
BENJAMIN BIOLAY
Quando: hoje, às 21h
Onde: Sesc Vila Mariana (r. Pelotas,
141, SP, tel. 0/xx/11/5080-3000)
Quanto: R$ 5 a R$ 20
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