São Paulo, quarta-feira, 23 de abril de 2008

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Benjamin Biolay mostra nova face da canção francesa

Compositor e cantor, que é comparado a Serge Gainsbourg, faz show único hoje no Brasil, no Sesc Vila Mariana (SP)

Com sonoridade folk e pop, músico trabalhou com veteranos, como Henri Salvador e Jane Birkin, e nomes da nova geração

BRUNA BITTENCOURT
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Depois de Charles Aznavour, uma faceta mais jovem e experimental da música francesa se apresenta em São Paulo.
Freqüentemente comparado a Serge Gainsbourg e herdeiro da "chanson" francesa, o cantor, compositor e produtor Benjamin Biolay, 35, colaborou com veteranos como Jane Birkin, Françoise Hardy e Henri Salvador, além de artistas da nova geração da música na França, como sua irmã Coralie Clément, a também cantora Keren Ann e Chiara Mastroianni (ex-mulher de Biolay e filha de Marcello e Catherine Deneuve).
"Minha carreira musical tem sido algo entre nomes muito e pouco conhecidos. Gosto de misturar. Não penso em termos de gerações", diz o cantor. No show de hoje, o único no Brasil, Biolay faz um apanhado de sua carreira, que chega em breve ao sexto disco -sua sonoridade vai do folk ao pop por vezes soturno.
"Vou tocar minhas canções preferidas dos meus álbuns e faixas que escrevi para outras pessoas, como Coralie e Henri Salvador. Mas não será um show de cinco horas, não tenha medo", diz Biolay brincando.
São dele, por exemplo, quatro canções do álbum de retorno de Henri Salvador, "Chambre avec Vue" (2000). "Foi um grande sucesso na França, um sonho porque, quando era criança, ouvia muito Henri."
O disco de estréia de Biolay, "Rose Kennedy" (2002), gira em torno da família Kennedy, sob o ponto de vista da matriarca Rose, o que rendeu inúmeras comparações a "Histoire de Melody Nelson" -álbum conceitual de Gainsbourg no qual ele narra o atropelamento de uma jovem. "Sempre fui fã de Robert Kennedy. Para mim, a história da família é muito shakespeariana", conta.
"Quando eu era mais jovem, tentei ser cantor, mas isso era impossível, por muitas razões. Decidi, então, apenas produzir e escrever para outras pessoas", diz. "Um dia me pediram para fazer um álbum solo, e precisei de um tema", diz. "Decidi, então, falar sobre a família Kennedy. Naquela altura, eu tinha desistido de cantar", conta Biolay, que fez assim sua estréia como cantor.
Em 2004, Biolay gravou com Chiara o ótimo "Home", um disco intimista do então casal. Atualmente, trabalha no sucessor de "Trash YéYé" (2007), seu quinto disco.
"Meu novo álbum será um pouco diferente, mas a única coisa que eu quero é que ele seja melhor, não quero mudar", afirma Biolay.


BENJAMIN BIOLAY
Quando:
hoje, às 21h
Onde: Sesc Vila Mariana (r. Pelotas, 141, SP, tel. 0/xx/11/5080-3000)
Quanto: R$ 5 a R$ 20


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