VOLTAIRE DE SOUZA

O Brasil ainda pode dar certo. O dr. Azevedo tinha confiança. "Quinhentos anos são pouco tempo." Mas uma coisa ele achava fundamental. "Investir na educação." O filho dele se chamava Dionísio e tinha dezoito anos. "Um idiota. Infelizmente." O rapaz só gostava de participar de rachas. Um dia, a intolerância de Azevedo cobrou seu preço. Dores no peito. Dionísio levou o pai ao pronto-socorro. "Mais depressa", pedia Azevedo. O carro desenvolveu a perigosa velocidade de cento e trinta quilômetros por hora. A operação de safena foi um sucesso. Pode haver sabedoria na estupidez.


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