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TELEVISÃO
HBO exibe filme sobre a
vida do polêmico Don King
EDUARDO OHATA
da Reportagem Local
O polêmico Don King, um dos
maiores promotores de lutas de
boxe de todos os tempos, não surgiu com a ascensão de Mike Tyson
ao trono dos peso-pesados em
1986.
Sua história, desde a prisão por
assassinato e o domínio da categoria dos pesados a partir dos anos
70, até a luta em que Tyson morde
as orelhas de Evander Holyfield,
em 97, é o tema do filme ""Don
King: O Rei do Boxe", filme que o
canal HBO exibe neste domingo às
20h30.
O filme, baseado no livro ""Only
in America: The Life and Crimes of
Don King" (Só na América: A Vida
e os Crimes de Don King), de Jack
Newfield, cobre a toda a trajetória
do empresário norte-americano.
De sua prisão por assassinato, passando por sua introdução no mundo do boxe, até seu relacionamento com o ex-campeão Mike Tyson.
O ator Ving Rhames, que faz o
papel de King (e que ganhou um
Globo de Ouro pela interpretação), além de possuir incrível semelhança física com seu personagem, soube capturar em detalhes o
gestual do promotor, inclusive o
perpétuo sorriso que apresenta
diante das câmeras.
Algumas passagens da história
de King, porém, não são bem aproveitadas. Os quatro anos passados
na prisão e seus 11 anos de relacionamento profissional com Tyson
são explorados de maneira muito
superficial.
Outro problema é a falta de atenção com os detalhes, que fica evidente em diversas sequências.
A certa altura, por exemplo, o filme mostra King ouvindo, na prisão, uma narração radiofônica da
""Luta do Século", o primeiro combate entre Muhammad Ali e Joe
Frazier. A luta não foi transmitida
por rádio.
O gorducho Ricchie Giachetti,
treinador do ex-campeão mundial
dos pesados Larry Holmes, é interpretado por outro técnico, Teddy
Atlas. Detalhe: Atlas é magro e nada tem a ver com Giachetti.
Em outra cena, representando o
terceiro combate entre Ali e Frazier, é dada a impressão que este
pediu ao árbitro para que o combate fosse interrompido.
Na verdade, Joe Frazier havia implorado a seu técnico para que o
combate não fosse encerrado.
Mesmo assim, o filme consegue
mostrar a personalidade megalomaníaca de King e sua ambição,
que o faz não somente buscar o lucro com seus lutadores, mas usá-los e tirar o máximo de vantagem
deles.
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