|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
CINEMA
Vinte e dois longas-metragens de 16 países concorrem à Palma de Ouro, entre 12 e 23 de maio
Cannes anuncia seleção oficial
AMIR LABAKI
da Equipe de Articulistas
Nenhum filme brasileiro foi incluído na seleção oficial do 52º Festival Internacional de Cinema de
Cannes, anunciada na manhã de
ontem em Paris. Entre 12 e 23 de
maio próximo, 22 filmes de 16 países vão disputar a Palma de Ouro,
havendo ainda sete títulos hors-concours.
A concentração de diretores de
prestígio a torna uma lista e tanto.
São apenas dois os estreantes (o
francês Jacques Maillot e o chinês
de Hong Kong Yu Likwai) e também dois os já vencedores do festival (o chinês Chen Kaige e o americano David Lynch).
Cineastas de peso como Almodovar, Kitano e Sokurov participam pela primeira vez da disputa.
No todo, parece um conjunto algo
mais ousado e experimental do
que tem ditado a tradição em Cannes. Talvez seja isso que tenha procurado enfatizar o diretor do festival, Gilles Jacob, ao falar ontem
numa "seleção atenta à modernidade". Contudo, Jacob não provocou exatamente otimismo ao considerar "o nível médio" da seleção,
"satisfatório dentro do contexto
atual".
Mais uma vez, EUA e França,
com quatro títulos cada, são as cinematografias mais fortemente representadas na corrida pela Palma
de Ouro. No total, a Europa apresenta 11 títulos, contra cinco asiáticos e apenas um da América Latina
(o mexicano Arturo Ripstein, com
uma adaptação de Gabriel García
Márquez). Depois de uma ausência de 25 anos, Israel volta à disputa com "Kadosh", de Amos Gitai.
A anglofilia de edições anteriores
foi controlada. Apenas sete dos filmes competidores deste ano são
falados em inglês. Só um concorrente americano vem de um grande estúdio ("Limbo", de Sayles,
produzido pela Columbia).
Homenagens não faltarão. Sean
Connery será celebrado como um
projeção especial não-competitiva
de "Entrapment", o policial chique
à moda de "Ladrão de Casaca" que
estrela ao lado da estonteante Catherine Zeta Jones. Os homenageados franceses serão Michel Piccoli
e Francis Veber.
Faye Dunaway será a convidada
especial para a retrospectiva "O
Filme de Amor", que vai reunir
uma seleção heterodoxa de 33 filmes rodados entre 1921 ("Camille") e 1967 ("Bonnie and Clyde").
A seleção oficial de Cannes inclui
ainda a mostra paralela Un Certain
Regard (Um Certo Olhar), a disputa de curtas-metragens e a competição de filmes de escola de cinema
(Cinéfondation). Todos os títulos
foram anunciados ontem.
A única participação brasileira
no programa oficial de Cannes-99
é a de Walter Salles no júri de curtas e da Cinéfondation. Oito longas
nacionais serão exibidos no mercado, e o documentário "Atlântico
Negro", de Renato Barbieri, será
projetado num ciclo paralelo.
Texto Anterior: Leitor pode avaliar filmes pela Internet Próximo Texto: Nova Orleans abre 30º Jazz & Heritage Índice
|