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Nova Orleans abre 30º Jazz & Heritage
CARLOS CALADO
especial para a Folha
A 30ª edição do New Orleans Jazz
& Heritage Festival, um dos eventos musicais mais importantes do
planeta, que começa hoje em Nova
Orleans, pretende atrair pelo menos 500 mil espectadores durante
os seus sete dias. Em 98 estiveram
presentes 447 mil pessoas.
Até 2 de maio, mais de 600 bandas, orquestras e coros se apresentam em 10 palcos ao ar livre (veja
destaques ao lado). Para o espectador mais ávido, a sensação é de
uma maratona musical. A programação acontece também em teatros e ginásios, sem falar nas casas
noturnas, clubes e bares.
A programação segue a enorme
variedade da cena musical de Nova
Orleans. Em geral, os palcos exibem atrações de um determinado
gênero: blues, gospel, ritmos africanos, pop, jazz tradicional e jazz
moderno. Mas também há espaço
para outras vertentes musicais, como o rock, o funk, o rhythm &
blues, a salsa e o zydeco.
Uma das características do festival é a possibilidade de se esnobar
os shows de grandes astros. Nomes
ainda pouco familiares até para os
EUA, como a banda de acid jazz
Galactic, a cantora Betty Shirley, a
banda roqueira Subdudes ou o
trompetista e cantor James Andrews, revelam talentos capazes de
brilhar em qualquer festival.
No fundo, o variado mercado
musical de Nova Orleans funciona
de modo quase autônomo frente
ao resto dos EUA. Bandas locais,
como os The Neville Brothers,
BeauSoleil e The Iguanas, têm
enormes fãs-clubes na região.
Isso ajuda a explicar o fato de
uma banda de jazz contemporâneo tão criativa e original como a
Astral Project ainda ser praticamente desconhecida em outras regiões do país. São surpresas como
essa que fazem do festival de Nova
Orleans um evento único.
Vários shows serão transmitidos
ao vivo pelo site www.wwoz.org.
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