São Paulo, quarta-feira, 23 de maio de 2007

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Crítica

"Soldado" mostra que Mendes foi sobrevalorizado

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Nada pior do que a glória instantânea. O diretor Sam Mendes foi premiado logo de cara com um Oscar por "Beleza Americana", entre outras dezenas de prêmios que o filme recebeu mundo afora.
E o que veio depois? Um apagado "Estrada para Perdição", seguido por este "Soldado Anônimo" (Telecine Pipoca, 22h). Aqui temos a história de um jovem soldado que vai para a guerra para seguir uma tradição familiar.
Mas os tempos mudam, mudam as guerras. O rapaz (Jake Gyllenhaal) vai para o Oriente Médio. Leva na bagagem um sargento da velha tradição: caxias, durão. A questão do filme, muito interessante, é: será que tais personagens ainda fazem sentido no mundo atual? Será que servem para outra coisa além de sofrer? A questão ao filme é: por que não consegue pôr em relevo as questões que ali podemos pressentir? Talvez porque Mendes tenha sido tão sobrevalorizado que, agora, custe a ele mais do que ao comum dos mortais evoluir.


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